SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A família de Juliana Marins, 26, turista brasileira que caiu de um penhasco e morreu na Indonésia, fez uma reclamação contra a empresa Emirates alegando que a companhia aérea não confirma o voo que trará o corpo para o Brasil.
A reclamação consta em uma publicação feita na tarde deste domingo (29) em uma conta criada pela família no Instagram para dar informações sobre o caso da brasileira.
“Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Brasil, para o aeroporto do Galeão [no Rio de Janeiro]. Porém, a Emirates de Bali [na Indonésia] não quer confirmar o voo! É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação de voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga a Juliana pra casa”, diz a publicação.
“Já estava tudo certo com o voo, já estava confirmado, mas a Emirates em Bali não quer trazer minha irmã pra casa. Do nada o bagageiro do voo ficou ‘lotado'”, acrescenta a administração da página em um comentário publicado no mesmo post. “Pedimos que o descaso com Juliana acabe!”
Procurada, a assessoria de imprensa da Emirates no Brasil disse que o caso estava sendo apurado internamente e que ainda não tem uma resposta por causa da questão de fuso horário a capital da Indonésia, Jacarta, está dez horas à frente de Brasília. A companhia aérea é dos Emirados Árabes Unidos Abu Dhabi, a capital do país, está sete horas à frente.
Juliana morava na Região Oceânica de Niterói e fazia turismo no país asiático quando sofreu o acidente.
Na quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo federal mudaria as regras do Itamaraty para assumir a despesa pelo traslado do corpo de Juliana.
Antes da confirmação do Itamaraty, no entanto, a Prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro e cidade natal de Juliana, já havia oferecido os recursos para a família. Em meio às mobilizações, o ex-jogador de futebol Alexandre Pato também ofereceu ajuda para o translado do corpo.
A administração municipal disse ter repassado à família R$ 55 mil, segundo a prefeitura afirmou à Folha.
Questionada neste domingo sobre previsão de velório, a prefeitura disse que a informação teria de ser dada pela família.
Juliana foi encontrada morta depois de cair, no sábado (21), em uma trilha em torno do vulcão Rinjani, na província de Lombok. A autópsia revelou que a causa da morte foi um trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia. Ela teria morrido na terça (24) ou quarta-feira (25).