SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um alpinista malaio sobreviveu após cair de uma altura de 200 metros no Monte Rinjani, na Indonésia. O acidente aconteceu menos de uma semana após a brasileira Juliana Marins ser encontrada morta após cair de uma trilha na mesma rota.

Relatos apontam que o alpinista caiu por cerca de 200 metros enquanto seguia a caminho do lago Segara Anak, formado após uma erupção vulcânica no local em 1257.

Alpinista sofreu ferimentos graves após queda. Segundo o jornal local Sinar Harian, o malaio fraturou o quadril e teve traumas na cabeça. O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, confirmou a ocorrência, identificada às 4h20 (horário de Brasília).

“Relatos iniciais indicaram que a vítima ainda conseguia caminhar lentamente, apesar dos ferimentos nas pernas e na cabeça. […] Nossa equipe foi enviada ao local para prestar os primeiros socorros e realizar o resgate”, afirma Yarman Wasur, chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani.

Trilha que dá acesso ao parque foi reaberta neste sábado (28). A escalada ao Monte Rinjani voltou a operar com o pedido de “segurança em primeiro lugar”. No anúncio, o parque cobra que os turistas utilizem os trajetos oficiais, mas não revela se foram adotadas novas medidas para inibir as quedas.

Acidente aconteceu dias após morte de brasileira. Juliana Marins, 26, foi encontrada morta quatro dias após cair de uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani na semana passada. Ela ficou presa a 650 metros de profundidade.

Vulcão na Indonésia tem histórico de acidentes. A trilha que acidentou o malaio e causou a morte de Juliana Marins é marcada por inúmeras tragédias nos últimos anos. Antes da brasileira, a morte anterior no segundo maior vulcão da Indonésia havia sido constatada em maio.

Yarman cobra que os montanhistas não subestimem o monte. O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani pede cautela aos alpinistas. “O terreno é desafiador. Os montanhistas devem ser cautelosos, evitar se esforçar quando estiverem exaustos e descansar ou procurar ajuda quando necessário”, destaca.