PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Subiu para cinco o número de mortes causadas pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a metade de junho. De acordo com a Defesa Civil do RS, o corpo de um homem de 71 anos foi encontrado em um córrego em Vera Cruz, no vale do Rio Pardo, nesta quarta-feira (25).
As outras vítimas são um homem de 21 anos em Nova Petrópolis, uma mulher de 54 anos em Candelária e um homem de 59 anos em Rio Dourado. Os três morreram após terem seus veículos submersos e arrastados por rios alagados. Além disso, um homem de 72 anos em Sapucaia do Sul morreu quando uma árvore caiu sobre seu carro durante um vendaval.
Ainda há uma pessoa desaparecida, um homem de 65 anos que era casado com a vítima de Candelária.
O estado tem 9.317 desalojados e 1.246 em abrigos. O número de municípios que declararam algum tipo de dano subiu de 146 para 155.
Há previsão de retorno das chuvas ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (26), mas sem expectativas de novas enchentes. A precipitação deve ficar concentrada no norte do estado, que não sofreu com cheias semelhantes às da região central, dos vales e metropolitana.
Em Porto Alegre, a chuva deve ser fraca e o nível do lago Guaíba apresenta tendência de queda. A régua da Usina do Gasômetro marcava 3,39 m às 9h15, se distanciando da máxima de 3,47 m registrada na tarde desta quarta e da cota de inundação de 3,6 m.
No Cais Mauá, onde o nível de transbordamento é de 3 m, o Guaíba estava em 2,98 m no começo da manhã. A cota de inundação foi ultrapassada na terça-feira, quando o nível chegou a 3,01 m à tarde.
Entretanto, mudanças na direção do vento a partir da madrugada desta quinta-feira devem manter o Guaíba com variações de nível próximas da cota de inundação nesses locais.
Na tarde de quarta, um vazamento no dique do bairro Sarandi, onde mais de 25 mil pessoas precisaram deixar suas casas na enchente de 2024, preocupou os moradores.
De acordo com o Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos), foi identificada uma infiltração pequena em um trecho da estrutura onde as obras estavam suspensas por determinação judicial. O local foi reforçado com argila.
Segundo a prefeitura, o trecho já concluído da obra, com 1,1 km de extensão, não apresentou problemas em decorrência da cheia do rio Gravataí.
Desde o início das enchentes, 70 pessoas foram encaminhadas para um abrigo emergencial em Porto Alegre. A maior parte mora no bairro Arquipélago, onde a cota de inundação é inferior ao resto da cidade.