BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (25) que os advogados Fábio Wajngarten e Paulo Costa Bueno sejam ouvidos pela Polícia Federal.

Segundo o ministro, relatos enviados pelo tenente-coronel Mauro Cid e familiares indicam a “suposta prática dos crimes de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa”.

A defesa de Mauro Cid enviou à Polícia Federal declarações e documentos que, segundo a decisão de Moraes, criam suspeitas de que os advogados procuraram familiares do tenente-coronel para conseguir informações sobre sua colaboração premiada.

Paulo Bueno é um dos advogados que compõem a equipe de defesa de Jair Bolsonaro (PL) no STF. Wajgarten também auxiliava o ex-presidente até ser demitido no último mês.

De acordo com Cid, Wajngarten fez “intensa tentativa de falar com a família e com Mauro Cid, tanto através da filha G.R.G [menor de idade] como de sua esposa, Gabriela Ribeiro Cid.

“Não bastasse as várias investidas sobre a filha e esposa de Mauro Cid, a defesa dos corréus investiu também sobre sua mãe, Agnes Barbosa Cid, quando em eventos realizados na Hípica de São Paulo, o Dr. Luiz Eduardo Kuntz, uma vez acompanhado pelo Dr. Paulo Costa Bueno, cercaram-na no sentido de demover a defesa então constituída por Mauro Cid, conforme declaração particular que também acompanha a presente”, disse a defesa de Cid.