Da Redação

A mais nova pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta quarta-feira (25), revela que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sendo reprovada pela maioria da população brasileira. Segundo o levantamento, 56,7% dos entrevistados desaprovam o atual governo, enquanto 39,8% demonstram apoio. Um total de 3,5% preferiu não opinar.

Os números praticamente repetem os índices da pesquisa anterior, feita em abril, quando a desaprovação foi de 57,4% e a aprovação, de 39,2%. A leve oscilação aponta para um cenário de estabilidade — ainda que a reprovação siga predominando desde novembro de 2023, quando ultrapassou os 50% pela primeira vez.

Aprovação varia por perfil

A análise dos dados por segmentos revela nuances importantes. A gestão de Lula encontra maior aprovação entre as mulheres (43,6%) do que entre os homens (35,5%). Por idade, o grupo com 60 anos ou mais aparece como o mais favorável ao presidente, com 49,5% de aprovação.

No recorte educacional, o apoio é mais forte entre pessoas com até o ensino fundamental (50,2%). O índice cai significativamente entre os que concluíram o ensino médio (35,8%) e é ainda menor entre os que têm ensino superior (30,7%).

A frequência religiosa também influencia a percepção sobre o governo. Entre os que não participaram de atividades religiosas recentemente, 41,1% aprovam Lula. Já entre os que frequentam missas ou cultos, o número é ligeiramente menor: 38,7%.

Nordeste puxa apoio; Sul lidera rejeição

O Nordeste se destaca como a única região em que o presidente mantém maioria de aprovação, com 52%. Em contraste, o Sul concentra o maior índice de rejeição, com apenas 29,7% de aprovação. As demais regiões apresentam números intermediários: Sudeste (37,1%) e Norte/Centro-Oeste (34,6%).

Avaliação geral do governo

Quando questionados sobre a qualidade da gestão, 25,6% dos entrevistados classificaram o governo como ótimo ou bom. Por outro lado, 47,5% o consideraram ruim ou péssimo, enquanto 25,8% o veem como regular. Apenas 1,1% disseram não saber ou preferiram não responder.

O levantamento ouviu 2.020 eleitores em 162 municípios entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.