Da Redação

Após quatro dias intensos de resgate em terreno montanhoso e com clima desfavorável, equipes de salvamento da Indonésia localizaram o corpo da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que desapareceu ao cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. A jovem era publicitária e havia viajado para a região para explorar uma das trilhas mais famosas do país, conhecida tanto por sua beleza quanto pelos riscos naturais.

Devido à forte neblina e instabilidade do tempo, o uso de helicópteros foi inviável, dificultando o trabalho das equipes. A família confirmou pelas redes sociais que o corpo de Juliana foi achado na manhã de terça-feira, após intensas buscas em uma área de geografia extremamente acidentada.

“Infelizmente, o clima impediu o apoio aéreo. A operação seguiu por terra e conseguimos localizá-la no quarto dia”, escreveu a família em nota.

Pai embarca para Bali em meio ao caos aéreo internacional

Manoel Marins, pai da jovem, partiu rumo à Indonésia para acompanhar os desdobramentos do caso. Em sua conta no Instagram, ele compartilhou a partida, afirmando: “Graças a Deus, estamos embarcando agora para Bali. São aproximadamente 10 horas de voo.” A viagem enfrentou obstáculos: o trajeto incluía conexão por Doha, no Catar, cujo aeroporto foi temporariamente fechado devido aos recentes ataques do Irã contra bases militares dos EUA na região.

Parque fecha trilha e mobiliza esforços para resgate

Para viabilizar a operação e garantir a segurança de outros visitantes, o Parque Nacional do Monte Rinjani bloqueou temporariamente o acesso à trilha que leva ao cume da montanha. As autoridades locais pediram compreensão e anunciaram que qualquer reabertura será informada por meio de canais oficiais.

“As autoridades fecharam o trecho final da trilha, onde se concentram os esforços de resgate”, informou a família. A decisão foi reforçada por comunicado nas redes sociais do próprio parque, que reiterou as limitações impostas pelas condições climáticas adversas.

Resgate contou com tecnologia e alpinistas experientes

A operação foi liderada pela Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) com apoio do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram. Segundo comunicado oficial, Juliana foi localizada a cerca de 500 metros do ponto onde ocorreu a queda, por volta das 4h da manhã do sábado (21), horário local.

O corpo foi detectado com o auxílio de drones equipados com sensores térmicos. “As imagens mostraram que a vítima não apresentava sinais de movimento. As equipes ainda enfrentam muitos desafios por conta do terreno e da visibilidade reduzida pela neblina”, disseram as autoridades.

A família de Juliana também informou que dois alpinistas experientes foram enviados ao local para apoiar os trabalhos. Apesar dos esforços, a tragédia escancara os perigos enfrentados por turistas em regiões de natureza extrema, mesmo quando acompanhados por guias e utilizando equipamentos de segurança.