Walison Veríssimo
Após um afastamento marcado por embates e polêmica, Kowalsky Ribeiro foi nomeado novamente procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia. A recondução ao cargo foi formalizada em portaria publicada no Diário Oficial da Casa na segunda-feira, 17 de junho, assinada pelo presidente Romário Policarpo (PRD) e pelos demais membros da Mesa Diretora.
O retorno ocorre 40 dias após o pedido de exoneração apresentado por Kowalsky em meio à repercussão de um episódio envolvendo discussão acalorada com o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB), no pátio da Câmara. Imagens de videomonitoramento mostraram o procurador chegando ao local armado e se dirigindo ao assessor parlamentar. O caso provocou reação imediata de vereadores e pressionou a Mesa Diretora, que decidiu exonerar tanto o procurador quanto o servidor ligado ao gabinete de Novandir.
À época, Novandir foi à tribuna de colete à prova de balas, exibiu uma lista de boletins de ocorrência atribuídos a Kowalsky e cobrou sua saída imediata. Já o procurador, por sua vez, negou ter feito ameaças e sustentou que carregava a arma por se sentir ameaçado, inclusive pela equipe do vereador. Ele também apresentou à Justiça um pedido de medida protetiva contra Novandir e seus assessores, alegando perseguição por conta de investigações técnicas feitas pela Procuradoria.
A exoneração foi classificada como voluntária, com o próprio Kowalsky alegando que a medida visava garantir isenção nas apurações internas. O processo administrativo disciplinar (PAD) aberto para investigar a conduta de ambos os envolvidos, no entanto, ainda não teve suas conclusões divulgadas. Em nota, a Câmara informou que o PAD “ainda está em andamento” e que os resultados “serão divulgados ao final da apuração, sem prazo definido para a conclusão”.