Da Redação
Mesmo com a confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial do Brasil, o setor avícola segue firme, especialmente em Goiás. A detecção, feita em maio na cidade de Montenegro (RS), causou apreensão inicial e levou países como China, Japão, Emirados Árabes e Reino Unido a suspenderem temporariamente as importações. No entanto, a rápida atuação das autoridades sanitárias impediu que a situação fugisse do controle.
Em território goiano, o único caso até agora foi registrado em Santo Antônio da Barra, envolvendo frangos criados de forma caseira, para consumo e venda local. Por não fazerem parte da cadeia de exportação, os reflexos no mercado foram praticamente nulos. Goiás segue com sua produção avícola estável e o abastecimento de carne e ovos ao consumidor não sofreu qualquer alteração.
Marcelo Penha, analista do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), destaca que o consumo interno permanece inalterado: “Desde o início, ficou claro que não há risco para quem consome carne ou ovos processados. A população pode seguir comprando normalmente.”
Ação imediata evitou avanço do vírus
Logo após a identificação do foco, os protocolos de emergência previstos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) foram acionados. No estado, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforçou a vigilância, isolou a área de risco e orientou produtores da região sobre os cuidados a serem adotados.
Segundo Penha, como não houve propagação do vírus, Goiás voltou ao seu padrão rotineiro de monitoramento. “As ações foram eficazes e pontuais. Com a contenção do foco, a cadeia produtiva do estado continua operando normalmente”, concluiu.