Da Redação
Na madrugada de terça-feira (17), o Exército de Defesa de Israel (IDF) anunciou a morte de Ali Shadmani, principal chefe do Estado-maior da Guarda Revolucionária Iraniana (GRI), em um bombardeio no centro de Teerã, capital do Irã. Shadmani era uma figura central no comando militar iraniano e conselheiro próximo ao líder supremo aiatolá Ali Khamenei, tornando sua eliminação um golpe significativo para as forças iranianas.
Segundo o IDF, a operação foi resultado de uma ação precisa da Força Aérea israelense (IAF), baseada em informações de inteligência detalhadas, atingindo diretamente o centro de comando do exército ideológico iraniano.
Este acontecimento marca o quinto dia de intensos confrontos entre Israel e Irã, iniciados na sexta-feira (13), quando Israel realizou ataques cirúrgicos que eliminaram quatro líderes militares iranianos e bombardearam instalações do programa nuclear do país. Esses ataques ocorreram após o fracasso nas negociações entre o Irã e os Estados Unidos para controlar o desenvolvimento nuclear iraniano.
Desde então, a escalada bélica envolve troca contínua de ataques com drones e mísseis balísticos em pontos estratégicos de ambos os lados, afetando áreas militares e civis.
O ataque deste 17 de junho veio após o presidente americano Donald Trump ter alertado sobre um iminente ataque de grande escala contra Teerã, recomendando a evacuação dos civis. Enquanto líderes do G7 discutiam a crise no Canadá, Trump retornou abruptamente aos EUA para tratar de assuntos ligados ao conflito, declarando que busca uma solução diplomática, porém sem intenção de estabelecer um cessar-fogo imediato.
Paralelamente, o Irã avança em sua resposta política preparando um projeto de lei para abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), potencialmente liberando o país para expandir seu programa de armas nucleares, o que intensifica ainda mais as tensões na região.