Da Redação
A capital da Ucrânia voltou a ser cenário de devastação na madrugada desta terça-feira (17), após um massivo ataque coordenado da Rússia com mísseis e drones. O saldo até agora é de pelo menos 14 mortos e 116 feridos, segundo as autoridades locais. Um edifício residencial de nove andares foi completamente destruído, e dezenas de apartamentos viraram escombros. Equipes de resgate seguem em busca de sobreviventes.
O bombardeio, considerado um dos mais violentos em Kiev nos últimos meses, coincide com o fracasso de recentes tentativas de diálogo entre Rússia e Ucrânia, e acontece às vésperas da reunião do G7, no Canadá, que deve contar com a presença do presidente ucraniano Volodmir Zelenski.
Além da capital, a cidade portuária de Odessa, no sul do país, também foi alvo. Ali, os ataques russos com drones mataram uma pessoa e feriram outras 17, conforme informou Oleh Kiper, chefe da administração regional.
Zelenski reagiu duramente, classificando o bombardeio como “um dos ataques mais terríveis contra Kiev”. Segundo ele, a ofensiva russa mobilizou mais de 440 drones e 32 mísseis ao longo da noite. Em mensagem publicada nas redes sociais, o presidente criticou a postura passiva de líderes internacionais diante da escalada da violência: “Putin faz isso porque pode. E porque sabe que muitos viram o rosto.”
A Administração Militar de Kiev confirmou que os danos foram causados por impactos diretos sobre áreas residenciais e relatou que a investida durou quase nove horas. A cidade, que tem vivido sob constante ameaça desde o início da guerra em 2022, enfrenta uma nova onda de medo e destruição.
Com a diplomacia internacional empacada e a violência em alta, o ataque desta madrugada reforça o clima de urgência para decisões mais concretas por parte da comunidade internacional. Enquanto isso, a Ucrânia segue contando seus mortos — e esperando por respostas.