O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2025) divulgou neste domingo, 15 de junho, os filmes premiados em sua 26ª edição. A cerimônia de premiação foi realizada no Cine Teatro São Joaquim, na Cidade de Goiás, com a presença de autoridades como a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Lima, e o prefeito Aderson Gouvea. Durante seis dias, o evento exibiu centenas de filmes em quatro mostras competitivas, além de sessões especiais e uma programação paralela de atividades culturais e ambientais.
O grande destaque da Mostra Internacional Washington Novaes foi o longa-metragem pernambucano Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche, que conquistou o Prêmio Cora Coralina, de R$ 35 mil, e ainda levou o Prêmio Carmo Bernardes de melhor direção, o reconhecimento do Júri Jovem e o Prêmio José Petrillo, concedido pelo Júri da Imprensa. O Prêmio Acari Passos, destinado ao melhor curta ou média-metragem, foi para Marés da Noite, dirigido por Juliana Sada e Noemi Martinelle, de São Paulo. Já o Prêmio João Bennio, voltado para o melhor filme goiano, contemplou o curta Entre as Cinzas, de Daniel Cali e Renato Ogata. As menções honrosas nesta mostra foram para os filmes Nós Vivemos Aqui e Mãos à Terra, este último também reconhecido com o Prêmio Fiocruz.
Na Mostra do Cinema Goiano, o longa Mambembe, dirigido por Fabio Meira, foi eleito o melhor filme, além de vencer nas categorias de melhor direção de longa e melhor montagem, compartilhada com Afonso Uchoa e Juliano Castro. O curta-metragem Entressonho foi escolhido como o melhor da categoria. A diretora Yorrana Maia, de Fidèle, recebeu o prêmio de melhor direção de curta e também foi premiada pelo melhor roteiro. Destaque ainda para A Mulher Esqueleto, que recebeu os prêmios de melhor direção de fotografia e melhor direção de arte. O documentário Goiânia Rock City foi reconhecido pelas categorias de melhor som e melhor trilha musical. Uma menção honrosa foi concedida ao longa Jamming – O ano em que Junior Marvin morou em Goiânia.
Na Mostra do Cinema Indígena e Povos Tradicionais, o longa Originárias foi premiado como melhor filme, enquanto o curta Sukande Kasáká / Terra Doente recebeu o prêmio na sua categoria. O filme ADOBE: Habilidades tradicionais da construção Kalunga foi lembrado com uma menção honrosa.
A Mostra Becos da Minha Terra também teve seus destaques. O prêmio de melhor filme ficou com Atitudinal. Carlos Cipriano foi eleito melhor diretor por Para Carlos, enquanto Lockdown, de Jadson Borges, recebeu o prêmio de melhor roteiro. Helena Caetano venceu na categoria de melhor montagem com Sol Noturno, e Brisa Castro foi premiada pelo melhor som com Tom de Ameaça.
Além da programação cinematográfica, o Fica 2025 também promoveu o I Guia Gastronômico, no qual o Restaurante Sabor dos Anjos foi eleito o melhor da edição, seguido pelo Aroma Café com Arte e pelo Restaurante Bistrô Fênix. As homenagens do festival foram para o cantor Juraíldes da Cruz, reconhecido por sua trajetória na cultura popular, e para o estilista Ronaldo Fraga, que mantém uma relação estreita com o Estado de Goiás.
Encerrando a edição, o show da banda Os Paralamas do Sucesso reuniu o público na Cidade de Goiás. Com o tema “Cerrado: a savana brasileira e o equilíbrio do clima”, o festival deste ano foi considerado um dos maiores em investimento da história do evento, com R$ 6,1 milhões destinados à sua realização. O Fica é promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em correalização com a UFG e a Fundação RTVE, além do apoio de instituições como Fiocruz, Unesco, Funai e o programa Goiás Social.