SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quatro mulheres árabes da mesma família morreram na madrugada deste domingo (15) em Tamra, no norte de Israel, após ataque iraniano com duas barragens de mísseis balísticos.

Um projétil destruiu uma casa de dois andares em que moravam Manar Khatib (mãe), as filhas Shada, 20, e Hala, 13. A esposa do cunhado de Manar, com o mesmo nome, visitava a família e também foi atingida. Outras 10 pessoas ficaram feridas. As informações são do jornal Times of Israel.

Em entrevista ao canal israelense de TV 12 News, Raja Khatib, marido de Manar e pai de Shada e Hala, se disse arrasado por ter perdido toda a família. Shada cursava direito na Universidade de Haifa, e Hala estudava no 9º ano do ensino fundamental.

Moradores de Tamra, uma pequena cidade próxima de Haifa com expressiva população árabe-israelense, se queixavam de uma suposta falta de abrigos para acolher toda a população em situações de emergência. Por lei, edifícios construídos em Israel desde a década de 1990 são obrigados a incluir uma sala segura contra bombas.

O conflito aberto entre Israel e Irã entrou em seu terceiro dia com o maior número de feridos do Estado judeu marcado devido a ataques retaliatórios de Teerã. Além das quatro mulheres, ao menos sete pessoas morreram e 200 ficaram feridas no último ataque.

Em Bat Yam, perto de Tel Aviv, um míssil iraniano atingiu diretamente um prédio residencial. Pelo menos sete civis morreram, entre eles duas crianças, e mais de 200 ficaram feridos, segundo a Magen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha israelense.

Após esses ataques, uma nova barragem iraniana neste domingo foi largamente interceptada, disse Israel, sem vítimas. Com as mais recentes agressões, há até agora 14 mortos em Israel e 138 no Irã.