A sexta-feira 13 é uma data marcada por crenças populares, superstições e um certo clima de mistério. Associada ao azar em diversas culturas ocidentais, a combinação entre o número 13 e o último dia útil da semana ganhou força ao longo dos séculos por meio de tradições religiosas, eventos históricos e da cultura popular. Embora não exista uma explicação única para a origem do mito, estudiosos apontam que a sexta-feira era vista como um dia negativo na tradição cristã, pois teria sido o dia da crucificação de Jesus. Já o número 13 passou a ser considerado de má sorte por se seguir ao 12, número que simboliza ordem e completude em diferentes contextos, como os 12 meses do ano e os 12 apóstolos.

Com o passar do tempo, a fama da sexta-feira 13 se espalhou ainda mais por meio do cinema e da literatura, especialmente a partir dos anos 1980, com o sucesso da franquia de terror “Sexta-Feira 13”, que consolidou a data como sinônimo de suspense e acontecimentos sobrenaturais. Mesmo sem comprovação científica, muitas pessoas evitam realizar tarefas importantes nesse dia e preferem adotar rituais de proteção ou simplesmente lidar com a data com bom humor. Para outros, é apenas mais uma sexta-feira comum no calendário.

Apesar do clima de superstição, a sexta-feira 13 também é uma oportunidade para os fãs de suspense e terror se envolverem em boas histórias que exploram o medo de formas intensas e criativas. A literatura tem um papel importante na construção desse imaginário e oferece obras que vão do horror psicológico ao sobrenatural, capazes de prender o leitor da primeira à última página.

Entre os títulos mais recomendados para quem deseja entrar no clima da data está “O Iluminado”, de Stephen King, um clássico do terror moderno que acompanha a deterioração mental de um homem isolado com a família em um hotel cercado por forças malignas. Outra obra que se destaca é “A Volta do Parafuso”, de Henry James, uma narrativa envolvente sobre uma governanta que acredita estar presenciando aparições fantasmagóricas em uma casa com duas crianças. Para quem prefere algo mais contemporâneo, “Caixa de Pássaros”, de Josh Malerman, entrega uma atmosfera sufocante em um mundo onde abrir os olhos pode significar a morte — um terror silencioso que deixa a tensão no ar a cada capítulo.