SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antes conhecida como Vivi Wanderley, ela agora assina apenas Vivi. Mas essa é apenas uma das mudanças recentes na trajetória da influenciadora, que está em uma nova fase com o lançamento da música “Banquete”, primeira faixa de um EP com seis canções autorais.
A estrela do Tiktok agora usa sua base de 14 milhões de seguidores para promover o trabalho como cantora -com direito a ironias e referências à própria vida amorosa. Antes mesmo do lançamento oficial, ela publicou vídeos promocionais em tom de deboche, nos quais simula vender produtos fictícios que ironizam comportamentos ligados à masculinidade tóxica. As publicações viralizaram e deram o tom do que viria pela frente: uma música pop com recados sutis -ou nem tanto.
A web reagiu rapidamente. Seguidores apontaram possíveis indiretas ao ex-namorado Juliano Floss, atual da cantora Marina Sena. “Devo admitir que a Vivi arrasou muito com ‘Banquete’, e o melhor é que não teve indireta para Marina Sena… tudo foi uma grande indireta para Juliano Floss”, pontuou @ygorcortezz.
A letra também gerou burburinho entre os usuários. “Olhar açucarado sobre a mesa, um bolo de vitrine só enfeita. É que eu te acho um pouco superestimado. Cê é sem graça e tem gosto só acompanhado”, diz um trecho, interpretado por muitos como uma crítica velada ao dançarino.
Vivi confirma à reportagem que a composição é baseada em sua própria vivência. “Essa primeira música e o EP falam muito sobre vivências minhas, experiências minhas”, diz. “As pessoas criaram várias teorias desde o anúncio até depois do clipe. Tem muita coisa que faz sentido, e outras são teorias malucas mesmo.”
Sobre se seria realmente uma indireta para Juliano Floss, ela prefere o mistério. “Tem coisa que bate sim, mas eu não posso revelar todos os ingredientes desse banquete”, comenta.
A relação entre imagem pública e vida privada também está no centro da discussão. Vivi afirma que já viveu relacionamentos tóxicos que não expôs nas redes. “Ser uma pessoa pública tem vantagens e desvantagens”, conta. “Já passei por situação chata em um relacionamento e estava expondo de uma maneira diferente, por não querer mostrar minhas intimidades.”
Ela reforça que as redes sociais são um recorte limitado da vida de qualquer pessoa. “Geralmente a gente só compartilha os momentos bons. A internet é uma coisa bem artificial, né?”, avalia.
O conceito visual do clipe foi pensado para reforçar esse ponto. “A gente quis brincar bastante com a estética, ser bem cartunizada para justamente trazer essa ‘vibe’ do irreal da internet, de relacionamentos que não são o que parecem”, explica.
A paixão pela música, no entanto, veio bem antes da fama online. “Eu queria ser cantora desde pequenininha”, afirma a artista, hoje com 23 anos. “A internet acabou sendo uma vitrine e uma preparação.”
Vivi começou nas redes ainda adolescente e viralizou pela primeira vez aos 15 anos. “Acho que foi em 2018 que cheguei a 1 milhão de seguidores. Foi um marco, eu não esperava”, lembra.
Ela diz que o apoio da família não foi imediato. “Sendo bem sincera, minha família não aprovou de primeira. Mas tive um tio que sempre acreditou em mim, até hoje”, comenta.
Hoje, além de ter a família como incentivadora, ela conta com acompanhamento psicológico. “Acho muito importante, ainda mais sendo uma figura pública. Já me defini muito pelo ‘hate’ na adolescência. Hoje entendo melhor quem eu sou”, analisa.