A Fórmula 1 revelou nesta terça-feira (10) o cronograma oficial da temporada 2026, com 24 corridas confirmadas e algumas reconfigurações significativas tanto no traçado do campeonato quanto no confronto de datas com outros gigantes esportivos, como a Copa do Mundo e as 500 Milhas de Indianápolis.

Entre as principais novidades está a aguardada estreia do GP de Madri, que ainda depende de homologação para se juntar ao calendário como segunda etapa espanhola ao lado de Barcelona. A inclusão da capital espanhola vem acompanhada da saída do tradicional GP da Emília-Romanha, em Ímola, deixando a Itália com apenas uma etapa, em Monza.

O campeonato começará na Austrália, entre 6 e 8 de março, e terminará em Abu Dabi, nos dias 4 a 6 de dezembro, seguindo um padrão já consolidado. A pausa de verão europeia permanece entre o fim de julho e agosto, logo após o GP da Hungria e antes da corrida na Holanda.

Disputa com a Copa e choque com a Indy 500

O calendário de 2026 não escapou de choques com outras competições globais. Pela primeira vez, o GP do Canadá será disputado no mesmo horário da Indy 500, marcando um confronto direto com uma das provas mais tradicionais do automobilismo norte-americano. Até então, as duas corridas costumavam ocorrer no mesmo dia, mas com horários distintos.

Outra coincidência delicada será no GP da Bélgica, marcado para 19 de julho — o mesmo dia da final da Copa do Mundo, que será sediada por Estados Unidos, Canadá e México. Apesar disso, espera-se que os dois eventos sejam realizados em horários diferentes, já que a FIFA ainda não anunciou o horário do jogo decisivo do torneio.

Madri substitui Ímola e redesenha o mapa europeu da F-1

A nova etapa madrilenha deve ser disputada em um circuito urbano inédito, com expectativa de movimentar o calendário europeu da categoria. Enquanto isso, o GP de Barcelona, em seu último ano de contrato, terá um futuro incerto a partir de 2027. A inclusão de Madri também ajuda a criar um fluxo mais racional de provas no continente, com todas as etapas europeias concentradas entre junho e setembro, sem pausas fora da região, o que resolve um problema logístico recorrente em anos anteriores.

Impactos do Ramadã e ajustes no Oriente Médio

Na primeira fase do campeonato, marcada por provas na Ásia e no Oriente Médio, os organizadores também adaptaram o cronograma para respeitar o Ramadã, que ocorre entre fevereiro e março. Assim como em 2024 e 2025, os GPs do Bahrein e da Arábia Saudita foram mantidos para o mês de abril.

GP de São Paulo segue firme

Boa notícia para os brasileiros: o GP de São Paulo segue garantido no calendário, ocupando a mesma data de sempre — primeiro fim de semana de novembro (6 a 8) — no Autódromo de Interlagos.

Calendário completo da Fórmula 1 2026:

  • GP da Austrália: 6 a 8 de março (Melbourne)
  • GP da China: 13 a 15 de março (Xangai)
  • GP do Japão: 27 a 29 de março (Suzuka)
  • GP do Bahrein: 10 a 12 de abril (Sakhir)
  • GP da Arábia Saudita: 17 a 19 de abril (Jeddah)
  • GP de Miami: 1 a 3 de maio (Miami)
  • GP do Canadá: 22 a 24 de maio (Montreal)
  • GP de Mônaco: 5 a 7 de junho (Montecarlo)
  • GP da Espanha: 12 a 14 de junho (Barcelona)
  • GP da Áustria: 26 a 28 de junho (Spielberg)
  • GP da Inglaterra: 3 a 5 de julho (Silverstone)
  • GP da Bélgica: 17 a 19 de julho (Spa-Francorchamps)
  • GP da Hungria: 24 a 26 de julho (Budapeste)
  • GP da Holanda: 21 a 23 de agosto (Zandvoort)
  • GP da Itália: 4 a 6 de setembro (Monza)
  • GP de Madri: 11 a 13 de setembro (a confirmar)
  • GP do Azerbaijão: 25 a 27 de setembro (Baku)
  • GP de Cingapura: 9 a 11 de outubro (Marina Bay)
  • GP dos EUA: 23 a 25 de outubro (Austin)
  • GP do México: 30 de outubro a 1º de novembro (Cidade do México)
  • GP de São Paulo: 6 a 8 de novembro (Interlagos)
  • GP de Las Vegas: 19 a 21 de novembro (Las Vegas Strip)
  • GP do Catar: 27 a 29 de novembro (Lusail)
  • GP de Abu Dabi: 4 a 6 de dezembro (Yas Marina)

Com isso, a Fórmula 1 projeta uma temporada longa, intensa e recheada de novidades — tanto dentro quanto fora das pistas.