SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O influenciador Khaby Lame, considerado um dos criadores de conteúdo mais lucrativos do mundo pela Forbes em 2024, foi detido em um aeroporto por agentes de imigração dos Estados Unidos. Segundo o ICE (serviço de imigração do país), ele teria ultrapassado o período de permanência permitido pelo seu visto.

A detenção ocorreu na última sexta-feira (6). Khaby, que soma mais de 162 milhões de seguidores no TikTok e é dono da conta mais seguida da plataforma, foi liberado no mesmo dia após receber autorização para sair dos EUA por conta própria, a chamada saída voluntária.

O influenciador tem cidadania italiana e foi detido pelo Serviço de Imigração e Alfândega no aeroporto internacional de Las Vegas. De acordo com comunicado do ICE envido à Folha, ele “excedeu os termos de seu visto”. “Lame recebeu autorização de saída voluntária em 6 de junho e desde então deixou os EUA.”

Khaby, que é embaixador da Boa Vontade da Unicef, ainda não se manifestou publicamente sobre o ocorrido. Ele ganhou fama após fazer vídeos nos quais, sem dizer uma única palavra, zomba dos truques complicados que outros influenciadores inventam para resolver problemas cotidianos.

Sua fama aconteceu quase que acidentalmente. Ele começou a gravar os vídeos em março de 2020 após, desempregado e sem dinheiro, ter que voltar para a casa dos pais.

Em 2021, Khaby recebeu o Prêmio da Associação Nacional de Jovens Inovadores de Itália (Angi). Desde a sua ascensão online, ele já gravou vídeos com personalidades como o espanhol Carlos Sainz Junior e o brasileiro Vinícius Junior.

Segundo a Forbes, Khaby tem contratos com marcas como Hugo Boss, Fortnite e Sony Pictures. Ele firmou uma parceria com o Walmart, onde vende sua própria linha de utensílios de cozinha.

A detenção de Khaby ocorre em meio a uma política anti-imigração do governo de Donald Trump que vem promovendo deportação em massa, redirecionando investimento externo à repatriação e multando imigrantes em situação irregular. Nas últimas semanas, o ICE intensificou a fiscalização em todo o país, aumentando o número diário de prisões.