Durante o mês de junho, quando é celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, o cinema ganha um papel importante na valorização da diversidade. Filmes com personagens e temáticas LGBTQIAP+ contribuem para ampliar a representatividade nas telas e promover reflexões sobre identidade, afetividade, direitos e vivências reais de pessoas da comunidade. A seguir, estão cinco produções que abordam essas questões de forma sensível, diversa e relevante.

Me Chame Pelo Seu Nome (2017)
Dirigido por Luca Guadagnino, o filme é ambientado na Itália dos anos 1980 e acompanha o relacionamento entre Elio, um adolescente de 17 anos, e Oliver, um jovem pesquisador que passa o verão na casa da família de Elio. A narrativa é construída com delicadeza e trata do despertar afetivo e sexual, explorando as nuances do primeiro amor.

Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, “Moonlight”, dirigido por Barry Jenkins, acompanha a vida de Chiron em três fases distintas: infância, adolescência e vida adulta. A obra retrata de forma íntima e poética os desafios de crescer sendo negro e gay em um bairro periférico de Miami, enfrentando questões como masculinidade, abandono e aceitação.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
Produzido no Brasil e dirigido por Daniel Ribeiro, o longa apresenta a história de Leonardo, um adolescente cego que busca independência e acaba desenvolvendo sentimentos por um novo colega de classe. O filme aborda de forma natural o processo de descoberta da sexualidade, focando no amor e na formação da identidade sem estigmatização.

Aos Teus Olhos (2017)
Também brasileiro, o filme de Carolina Jabor discute temas como moralidade, julgamento social e preconceito a partir da história de Rubens, um professor de natação acusado por um aluno de comportamento impróprio. A trama levanta debates sobre a fragilidade das reputações e os desafios enfrentados por pessoas LGBTQIAP+ em espaços públicos e profissionais.

Rafiki (2018)
Dirigido por Wanuri Kahiu, o filme é ambientado no Quênia e narra o romance entre duas jovens, Kena e Ziki, filhas de políticos rivais. Apesar de o país ter leis que criminalizam relações homoafetivas, o longa aposta em uma história de afeto e resistência. “Rafiki” foi proibido em seu país de origem, mas ganhou destaque internacional por sua força simbólica e narrativa positiva.