A primeira partida de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira terminou sem gols e com um sentimento dividido entre solidez defensiva e frustração ofensiva. O empate por 0 a 0 contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, nesta quinta-feira (5), deixou claro que o trabalho do técnico italiano ainda está no início — e que há muito a evoluir.
Durante a coletiva pós-jogo, Ancelotti destacou o desempenho defensivo como ponto positivo:
“Fizemos um bom jogo atrás. Estávamos bem organizados, pressionamos quando possível e não demos chances ao adversário”, analisou. Já com a bola nos pés, o técnico admitiu que o time teve dificuldades para criar: “Faltou fluidez, ritmo, jogo mais limpo. Mas saímos com confiança.”
A principal oportunidade do Brasil veio de uma jogada entre Gerson e Vinícius Jr., que parou em uma boa defesa do goleiro equatoriano Gonzalo. O ataque, de modo geral, teve pouca inspiração.
Mesmo assim, o Brasil se manteve em quarto lugar na tabela, com 22 pontos, e volta a campo contra o Paraguai na próxima terça-feira (10), em um duelo que promete mais movimentação. “Vamos ter mais controle. Precisamos de mais intensidade e ritmo”, projetou Ancelotti, que também justificou as mudanças no segundo tempo como uma tentativa de dar mais energia à equipe: “Estêvão e Richarlison entraram com muita disposição.”
O volante Casemiro defendeu o início de trabalho do treinador: “Com tão pouco tempo, o progresso foi bom. Sabemos que há muito a melhorar, mas não vejo nome melhor para comandar o Brasil.”
Apesar do empate sem gols, a estreia serviu como ponto de partida para a construção do estilo Ancelotti — por enquanto, com mais estrutura do que brilho.