O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou suas redes sociais para se manifestar com indignação após a soltura do funkeiro MC Poze do Rodo, que havia sido preso no final de maio por apologia ao crime e suposta ligação com a facção Comando Vermelho. O cantor foi liberado nesta terça-feira, 3 de junho, após concessão de habeas corpus pela Justiça do Rio de Janeiro, com imposição de medidas cautelares.

Em um vídeo com mais de quatro minutos, Caiado demonstrou insatisfação com o que chamou de “normalização do crime” no Brasil. Ele criticou duramente o que considera uma celebração indevida por parte do artista e de seus apoiadores, que comemoraram a liberação como se fosse uma vitória pessoal ou símbolo de resistência.

O governador classificou o episódio como mais um exemplo da “inversão de valores” no país e lamentou a ausência de manifestações por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, estaria concentrado apenas nos desdobramentos dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Caiado também questionou a atuação do Judiciário e do Ministério Público, sugerindo que há uma falha institucional grave na forma como o crime organizado é tratado. Para ele, a liberdade de pessoas com suposta ligação com facções é uma ameaça direta à soberania nacional.

Durante a fala, o governador afirmou que, se a prisão tivesse ocorrido em Goiás, Poze do Rodo não teria deixado a cadeia, independentemente da decisão judicial. Segundo ele, o episódio representa uma afronta à sociedade e ao cidadão comum que segue a lei.

Ao final do vídeo, Caiado acusou as autoridades federais de omissão e falta de coragem, dizendo que a situação atual exige uma resposta firme por parte dos líderes do país. Para ele, o Brasil vive um momento crítico que exige posicionamentos claros contra o avanço da criminalidade.