SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Aos 19 anos, Dudinha roubou a cena na vitória da seleção brasileira feminina contra o Japão e teve sua primeira “noite mágica” vestindo a Amarelinha.

A joia do São Paulo foi titular pela primeira vez com Arthur Elias e chorou ao subir no gramado da Neo Química Arena. A camisa 24 anotou dois e teve seu nome cantado pelos mais de 33 mil presentes no estádio que, em dois anos, receberá a Copa do Mundo feminina.

“Eu senti uma emoção muito grande quando a gente tava entrando, me emocionei e caíram algumas lágrimas, porque é um sonho realizado. Ouvir meu nome ser gritado pela torcida era algo que eu sonhava viver. Foi a melhor noite da minha vida”, disse Dudinha.

Ela, porém, chamava a atenção antes mesmo de viver a “melhor noite da vida” e ganhou elogios da ídola Marta. Esta é a terceira convocação de Dudinha, porém a primeira ao lado da camisa 10, que assistiu o desfile da jovem de 19 anos do banco de reservas.

“Já vi a Dudinha jogando, estou impressionada. Ela é ousada, consegue se sobressair. É um nome para ficar de olho, porque é um talento do Brasil”, disse Marta, na última quinta-feira.

Dudinha, inclusive, ficou mais feliz pela convocação de Marta do que pela sua própria: “Quando saiu a convocação eu fiquei feliz por ter sido convocada e mais feliz ainda por conhecer a Marta pela primeira vez, a primeira vez que eu vi ela. Ela é uma ídola, sempre vai ser e eu só tenho a agradecer por estar vivendo esse momento”.

Outra lenda da seleção brasileira que também tem a admiração da jovem meia-atacante é Formiga, a eterna camisa 8 que se aposentou do Brasil em 2021, aos 43 anos.

‘REVANCHE’ E REDENÇÃO

Dudinha não participou da campanha olímpica em 2024, mas estava com a seleção japonesa engasgada. Isso porque o Brasil perdeu a semifinal do Mundial sub-20 feminino de 2022 para o Japão. Nos Jogos de Paris, a seleção de Arthur Elias perdeu de virada na fase de grupos e quase não avançou para o mata-mata.

Eu disputei o Mundial, e a gente perdeu a semifinal pro Japão. Pensei nisso neste sábado (31), que não ia perder para o Japão de novo. Eu profetizei que ia fazer um gol.

Além disso, a jovem tinha uma experiência frustrante na Neo Química Arena: ela estava na arquibancada na disputa pela medalha de bronze nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Na ocasião, o Brasil foi derrotado pelo Canadá e amargou a quarta colocação.

Na noite desta sexta-feira (30), ela “fez as pazes com o estádio” e está pronta para fazer ainda mais história pela seleção: “É muito emocionante. Foi um sonho. Eu tenho muitas coisas para viver ainda, mas essa noite sempre vai ser inesquecível na minha vida”, afirmou.