RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Kevin Costner, 70, foi acusado de assédio sexual por Devyn LaBella, dublê da atriz Ella Hunt durante as gravações de “Horizon 2”. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (27) no Tribunal Superior da Califórnia, nos Estados Unidos. Além de interpretar o personagem Hayes Ellison, o ator era diretor e produtor do filme de 2024.

Segundo LaBella, ela foi convocada às pressas para substituir Hunt, que teria se recusado a gravar uma cena de estupro. A dublê afirma que a filmagem foi improvisada, realizada sem ensaio, sem seu consentimento prévio, sem a presença de um coordenador de intimidade e em um set fechado -medidas padrão para cenas de conteúdo íntimo. “Naquele dia, fiquei exposta, desprotegida e profundamente traída por um sistema que prometia segurança e profissionalismo”, disse à Variety.

A dublê relatou ainda que, no dia anterior, participou de uma cena semelhante, com roteiro definido, ambiente controlado e supervisão adequada. “Nossa cliente foi submetida a conduta sexual brutal”, afirmou sua advogada, Kate McFarlane, que classificou o episódio como reflexo de um ambiente “machista e dominado por homens” ainda presente em produções hollywoodianas.

De acordo com a denúncia, Costner foi instruído a “montar, imobilizar e levantar violentamente a saia” da dublê durante a cena. A defesa do ator, no entanto, nega todas as alegações. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (28), o advogado Marty Singer classificou a ação como “sem mérito” e afirmou que LaBella é uma “acusadora recorrente na indústria do entretenimento”.

Singer também alegou que a dublê foi informada com antecedência sobre a cena, participou de ensaio e teria sinalizado positivamente ao coordenador de dublês, indicando sua concordância. Segundo ele, LaBella ainda teria jantado com a equipe naquela mesma noite “sem expressar qualquer queixa”.