Walison Veríssimo
Vice-presidente do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto defendeu a saída imediata do partido do governo Lula, propondo o desligamento dos três ministérios que hoje ocupa: Turismo, Comunicações e Integração Nacional. Em entrevista ao jornal O Globo, ACM afirmou que o rompimento deve ocorrer tão logo seja oficializada a federação entre União Brasil e Progressistas (PP).
“Eu defenderei que nenhum membro ocupe cargos no governo Lula”, enfatizou ACM Neto, reforçando sua posição de total afastamento do governo petista. A declaração sinaliza um movimento estratégico de reorganização das forças políticas do União Brasil em direção a uma aliança mais alinhada ao campo da centro-direita.
Ao mencionar o cenário eleitoral de 2026, ACM Neto defendeu a necessidade de uma articulação política ampla capaz de unir o centro-direita. O nome citado por ele como referência para essa união é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é atualmente um dos principais líderes do União Brasil.
“Hoje a gente tem um nome, que é o governador Ronaldo Caiado. Ele, hoje, é o nome que o União apresenta. Defendo que haja conciliação ampla lá na frente”, destacou ACM Neto. A declaração pode indicar que Caiado é considerado internamente como uma aposta forte para liderar a legenda e o bloco de centro-direita em futuras eleições nacionais.
A posição de ACM Neto ocorre em um momento crucial, quando União Brasil e PP articulam a formação de uma federação para fortalecer sua influência no cenário político, especialmente visando as eleições gerais de 2026. A movimentação já repercute nos bastidores políticos em Brasília, onde o governo Lula pode perder aliados significativos caso a ruptura proposta se concretize.