SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Familiares da jovem morta em um acidente com moto por aplicativo em São Paulo lamentaram o acidente e disseram que ela estava “cheia de planos e sonhos”.
Larissa Barros Maximo Torres, 22, ‘gostava de viver’, disse a família. “Acabaram com a vida de uma menina de 22 anos cheia de planos, cheia de sonhos, que se ocupava, que gostava de viver e tinha uma meta na vida”, diz o tio de Larissa, Carlos Alberto Torres, em entrevista à TV Globo, durante o enterro realizado nesta segunda-feira (26) no cemitério Primavera 1, em Guarulhos.
“Ela foi buscar um prêmio para ela de melhor funcionária, de uma pessoa maravilhosa, de uma menina de 22 anos”, contou a prima Ymaraim Regina Raimundo, à TV.
Jovem voltava do trabalho e a família, que acompanhava a corrida, estranhou a demora da jovem. “Como duas pessoas embriagadas abrem a porta e acabam com a vida de alguém assim? Eu espero justiça”, reforçou o tio.
Formada em marketing e estudante de engenharia de produção, Larissa faria 23 anos daqui a dois meses. Atualmente ela trabalhava como supervisora comercial para pagar os estudos.
Larissa e o motociclista, Henderson de Souza Maior, foram arremessados contra outro veículo após o impacto. Os dois trafegavam pela avenida Tiradentes por volta das 23h quando a porta de um carro, também de aplicativo, se abriu no meio do trânsito, os atingindo enquanto eles passavam pela faixa azul (via exclusiva para motos).
Passageiro abriu a porta do carro em meio a uma ‘brincadeira’. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o motorista relatou que Felipe Moutinho Hilsenrath Garcia, 28, e João Pedro Baptista Viegas de Oliveira Paes, 27, teriam ameaçado sair do veículo enquanto esperavam no semáforo vermelho.
A jovem foi socorrida a um hospital, mas não sobreviveu. De acordo com o boletim de ocorrência, o condutor da moto também precisou de atendimento, ele foi levado para um hospital em Santana. Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o condutor da motocicleta foi identificado e “será ouvido oportunamente”.
Um dos passageiros do carro de aplicativo disse que não se lembra do fato. Em depoimento à Polícia Civil, ele admitiu que estava embriagado e não nega ter aberto a porta do carro, mas também não se recorda de ter feito.
A 99, para quem o motociclista prestava serviço, informou que está acompanhando os desdobramentos do acidente. A empresa disse estar oferecendo suporte aos envolvidos, como cobertura pelo seguro, apoio psicológico e auxílio funeral. Não há informações de que o condutor do carro de aplicativo também seja motorista parceiro da 99.