Ao menos 52 pessoas perderam a vida na Faixa de Gaza após uma série de bombardeios realizados por Israel durante a madrugada desta segunda-feira (26). Um dos ataques mais letais teve como alvo uma escola que funcionava como abrigo para famílias deslocadas — o local foi atingido enquanto a maioria dormia.

A escola Fami Aljerjawi, que estava abrigando civis, foi parcialmente destruída, deixando 33 mortos no local e ao menos 55 feridos. Entre os relatos mais dramáticos, estão imagens divulgadas nas redes sociais mostrando equipes de resgate enfrentando incêndios, corpos carbonizados sendo retirados dos escombros e uma criança tentando fugir do fogo.

O Exército israelense afirmou que o edifício era utilizado como centro de comando e inteligência por membros do Hamas e da Jihad Islâmica, justificando o bombardeio com base em atividades consideradas terroristas. Segundo Israel, o grupo utiliza deliberadamente áreas civis para operar, o que dificulta ações militares sem vítimas colaterais. Ainda assim, o governo alega ter adotado medidas para reduzir o impacto sobre civis.

Em um ataque separado, uma residência foi atingida, matando 19 pessoas de uma mesma família — entre elas, cinco mulheres e duas crianças. A retomada da ofensiva militar israelense começou em março, após o fim de um cessar-fogo com o Hamas.

As autoridades israelenses têm declarado que a operação militar continuará até a eliminação ou desmobilização total do Hamas. Outro objetivo declarado é a libertação dos 58 reféns ainda em poder do grupo — cerca de um terço deles, segundo o governo, estaria vivo. Eles foram sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, ação que marcou o início do atual conflito.