SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Viviane Batidão, a rainha do tecnomelody, se apresentou neste domingo (25) com a aparelhagem Tudão Crocodilo, diante de um público apaixonado da Virada Cultural. Em sua estreia no evento, a cantora paraense, que foi vencedora da categoria Brasil no Prêmio Multishow 2024, levou os fãs à loucura com seu som vibrante e envolvente, que mistura o tecnomelody com o pop amazônico.
O show, que deveria começar às 17h30, foi adiado após intervenção da Polícia Militar. Devido à superlotação, os policiais pediram para reduzir o volume e dispersar parte do público antes de liberar a apresentação.
O atraso, no entanto, não diminuiu o entusiasmo do público, que aguardava ansiosamente para ver a artista no palco pela primeira vez em São Paulo. Com a chegada de Viviane Batidão, os gritos de “Viviane, eu vim aqui só pra te ver” ecoaram entre o público, enquanto fãs com blusas estampadas com a bandeira do Pará estavam na frente do palco, demonstrando apoio à cantora.
“É minha primeira vez na Virada Cultural. Eu sempre fui muito fã desse projeto tão grandioso que abraça tantas culturas e tinha o sonho de vir contar na Virada Cultural”, afirmou Viviane à Folha de S.Paulo. A artista expressou sua alegria ao finalmente participar do evento, destacando o entusiasmo do público: “Eu estou aqui muito ansiosa, estou muito feliz e está super lotado”.
A apresentação de Viviane foi marcada pela presença de um time de artistas que representam o norte do Brasil, o que foi descrito por ela como um momento histórico. “A gente está com uma aparelhagem, com uma representatividade muito grande lá do norte. Comigo, ontem teve Gabi, ontem teve Gangue do Electro”, disse.
A cantora também fez questão de agradecer ao público paulistano pelo acolhimento. “Eu agradeço muito à galera de São Paulo, agradeço muito esse acolhimento”, disse Viviane. Para ela, a oportunidade de representar sua terra natal em um evento de grande porte é uma forma de mostrar ao público que “o norte é muito potente, é muito forte, a cultura é linda”.
Maiara Pereira, natural do Pará, estava visivelmente emocionada enquanto aguardava na grade para ver sua ídola, Viviane Batidão, se apresentar na Virada Paulista. “Sou fã da Viviane, a gente está em São Paulo há mais de 6 anos e pela primeira vez viemos ver ela aqui. Um dia histórico”, disse.
Maiara contou que sua ligação com a música de Viviane Batidão começou desde a infância. “Desde que eu me entendi por gente, já ouvia Viviane Batidão”, contou ela, emocionada. “No Pará, a gente já nasce escutando Tecnobrega. É a nossa cultura, é a nossa identidade. Quando a gente traz isso para São Paulo, é um espetáculo.”
Essa foi a primeira vez que Maiara e outros paraenses da grade participaram do evento, que reuniu uma gama diversa de artistas para celebrar a música e cultura. “É um momento único. Para nós, é como se estivéssemos levando um pedaço do Pará para cá. Estamos muito felizes”, concluiu a fã, enquanto aguardava ansiosa o início do show de Viviane Batidão.
Matheus Freire, 30, é fã da cantora há quinze anos e estava ansioso para vê-la: “A cultura paraense já vem de muitos anos com a Fafá de Belém, Calypso, Joelma, e vem a Viviane Batidão ocupando esses espaços, ganhando essa notoriedade.”
Para Viviane, essa é uma oportunidade única de trazer um pedaço do Norte para São Paulo, resgatando a cultura de quem vive distante. Ela diz que SP é vista como uma cidade acolhedora para nordestinos e paraenses. Viviane também falou sobre como muitos deixam sua terra natal para conquistar novos sonhos, mas também enfrentam a saudade da família e da cultura.
A artista explicou que a apresentação não é apenas um show, mas uma forma de “matar a saudade” e representar seu povo. Para ela, o evento tem um valor histórico, pois permite que os paraenses se sintam vistos e representados.
O show de Viviane Batidão foi finalizado com menos de 25 minutos de duração por conta do show de João Gomes que começaria logo depois, no outro palco.