SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Introduzida pelo apresentador Manoel Soares como parte da família real da cultura popular brasileira, a rapper Duquesa subiu ao palco mirada pelos celulares dos seus admiradores.
De cropped branco e jeans, acompanhada de dançarinas vestidas à sua semelhança, a rapper abriu seu show no palco Anhangabaú da Virada Cultural neste domingo (25) com sua música mais ouvida, “Fuso”.
“Faça o que for, mas não deixe que esqueçam quem é que manda”, cantou já na primeira música, dando o tom. Escalada de última hora, na última quinta-feira, para substituir Marina Lima, a cantora parece ter conseguido driblar, em partes, a decepção das pessoas que contavam com a artista.
A praça Ramos de Azevedo, até por causa do horário, estava mais cheia do que no show anterior, do Olodum, que começou às 9h, e fãs engajados, principalmente jovens negras, já reservavam lugares perto do palco uma hora antes da apresentação, e não faltou quem soubesse as letras da rapper de cor.
A apresentação contou com os principais sucessos de Duquesa, como “Taurus”, “Única”, “99 Problemas” e “Turma da Duq”. Suas músicas misturam empoderamento e sensualidade –aí, talvez uma das chaves para entender seu apelo ao público jovem feminino.
A rapper se apresentou acompanhada de DJ Midi, a amiga de que fala a faixa “Tá Eu e a Nicole” –que ganhou um remix com sample de “Not Like Us”, de Kendrick Lamar– e de uma tecladista e uma guitarrista, que puderam roubar a atenção com solos em “Voo 1360”.
Na metade do show, Duquesa convidou o rapper Danzo para assumir o palco, que tocou enfileirou “Desfile de Favela”, “Trap de Cria 2” e outras das suas músicas mais conhecidas.
Duquesa voltou então ao palco para o final do show. A despedida foi com “Atlanta”, em que a rapper fez o público abaixar e pular para o refrão. Na despedida, os fãs gritavam seu amor pela artista em coro.
“Muito obrigado, porque vocês me fizeram a Duquesa”, disse a rapper, retribuindo o carinho.
“Espero que todas as mulheres presentes presentes tenham recebido uma carga de autoestima”, continuou, e celebrou os diferentes corpos e personalidades femininos.