SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O policial Militar Júlio César da Silva, costa, 43, foi morto com um tiro na cabeça na noite desta sexta-feira (23), durante um patrulhamento na região da Vila Esperança, em Cubatão, na Baixada Santista.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o cabo estava no banco do passageiro dianteiro de uma viatura da PM na avenida Principal quando foi atingido por um homem que atirou diversas vezes contra o carro da polícia. O agente foi levado ao Pronto-Socorro Central, de Cubatão, mas não resistiu.

O caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Cubatão, que requisitou perícia.

“Diligências estão em andamento por ambas as polícias para localizar e prender o autor do crime”, afirma trecho da nota da SSP.

O policial morto era lotado na 4ª Companhia do 21º Batalhão de Polícia Militar do Interior. Ele era casado e pai de um menino de 12 anos.

Em nota na sua conta na rede social X, o secretário da Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o crime não ficará impune.

“Meus sentimentos à família do Cabo Júlio César da Silva Costa, brutalmente atacado por criminosos em Cubatão. Reagimos de imediato com reforço policial e operação de inteligência para caçar o responsável. Não vamos descansar até capturá-lo. Esse crime não ficará impune”, escreveu.

O caso se soma à recente onda de violência na Baixada Santista envolvendo policiais militares, inclusive como vítimas.

No ano passado, dois soldados e um cabo da corporação –entre eles Samuel Wesley Cosmo, integrante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa de elite conhecida pelos altos índices de letalidade)– foram assassinados no litoral entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

Em resposta aos assassinatos de policiais, a Operação Verão deixou um saldo oficial de 56 mortos, tornando-se a ação mais letal da PM paulista desde o Massacre do Carandiru, em 1992.

Antes, houve a Operação Escudo, que se tornou uma marca da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) na segurança pública, foi deflagrada em 28 de julho de 2023 na Baixada após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, 30, que integrava a Rota. Ao todo, 28 pessoas morreram na operação.

No primeiro trimestre de 2025, seis policiais foram mortos de forma violenta. Entre eles estão dois PMs em serviço, dois policiais civis em serviço e dois policiais de folga.

Esses números representaram queda das mortes entre as forças de segurança. No primeiro trimestre do ano passado, houve um total de nove mortes –quatro PMs e cinco policiais civis.