RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Tricampeão de Roland Garros, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, deu dicas a João Fonseca. Ele conversou com o UOL durante evento do COB e falou sobre o principal nome do tênis brasileiro na atualidade, que vai participar pela primeira vez do Grand Slam francês, que será disputado entre 25 de maio e 8 de junho.

“Lá eu conheço pouco (risos). Para o João, em qualquer lugar que ele for, o recado é permanecer dentro do processo de treinamento e dedicação. Constante empenho para se dedicar, para conhecer o circuito, tirar experiência de toda e qualquer partida, vitória ou derrota”. disse Guga.

Ele, que chegou a ser número 1 do ranking mundial, conquistou o título no saibro de Roland Garros em 1997, 2000 e 2001 — este ano marca os 25 anos do bicampeonato do tenista no torneio em Paris. Ele também foi campeão do Masters de Monte Carlo em 1999 e 2001, Masters 1000 de Roma em 1999, Cincinnati Open em 2001, dentre outros.

Por toda essa trajetória e experiência no grande palco mundial do saibro, o brasileiro sabe que Fonseca está no caminho certo para também alcançar bons resultados na modalidade.

“Em breve vou ter de ouvir dele o que fazer nas quadras do mundo (risos). Nós temos essa felicidade de poder acompanhar o tênis, torcer, vibrar e vivenciar lindos momento do tênis brasileiro novamente”, disse Guga.

Gustavo Kuerten foi um dos atletas eternizados no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB), ao lado da ex-ginasta Daiane dos Santos, da ex-judoca Edinanci Silva e de Afrânio Costa — do tiro esportivo e responsável por conquistar a primeira medalha olímpica da história do país. Ele faleceu em 1979 e a honraria foi entregue a sua sobrinha neta, Cristina Ferraz. A cerimônia foi realizada no último dia 13, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Prestes a estrear em Rolando Garros, contra o polonês Hubert Hurkacz, João Fonseca vive um momento de oscilação na temporada. O brasileiro foi eliminado na primeira rodada do Masters 1000 de Roma, no começo do mês — anteriormente, havia perdido para Tommy Paul (#12) no Masters 1000 de Madrid e para Jesper de Jong (#93) no Estoril Open.

Após Roma, ele reconheceu que o nervosismo lhe tem atrapalhado de praticar seu “melhor tênis”.

“Não consegui jogar o meu melhor tênis. Não consegui entrar da forma que eu normalmente entro, jogando meu jogo, sendo agressivo. Eu sabia que seria um jogo difícil [contra Marozsan] e eu não tenho jogado muito bem nos últimos jogos, o nervosismo tem batido É seguir trabalhando e aprendendo”. disse João Fonseca, após queda em Roma.

Para Guga, essa oscilação é normal no início de carreira e, mais importante do que os resultados em si, é o aprendizado que Fonseca vem tendo, seja nas vitórias ou nas derrotas.

“[Estou] Muito confiante de que estão fazendo uma trajetória bastante eficaz. João vive experiências boas e consegue aprender com uma velocidade fora do comum”, disse Guga.