SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Evento realizado pelo Google nesta semana em Mountain View, nos Estados Unidos, destacou produtos que a companhia associa a um futuro das ligações de vídeo distante da “fadiga do Zoom” surgida na pandemia.
A empresa anunciou que o aplicativo para videoconferências Google Meet recebeu um recurso de tradução simultânea baseado em inteligência artificial. Já com o dispositivo Google Beam, uma espécie de televisão rodeada por câmeras e sensores que produzem um efeito 3D, a ideia é que os usuários se sintam mais próximos um do outro em uma chamada.
No exemplo exibido para o tradutor, falantes de dois idiomas diferentes interagem pela tela usando suas línguas nativas. Com o recurso ativo, uma voz semelhante à do emissor gerada por IA se sobrepõe à fala original, mas traduzida para a língua do receptor.
A tradução ainda está em fases de teste e só funciona para inglês e espanhol, mas estará disponível em mais idiomas nas próximas semanas. Para acessá-lo, também é necessário assinar os planos Google AI Pro ou AI Ultra.
“O novo recurso traduz suas palavras faladas para o idioma preferido do seu ouvinte -em tempo quase real, com baixa latência, e preservando sua voz, tom e expressão. O resultado é uma conversa que parece autêntica e natural, mesmo entre idiomas diferentes”, afirma a empresa.
Funcionalidade semelhante já está presente nos celulares mais novos da Samsung, como a linha Galaxy S25, embora funcione somente com áudio, e no rival Microsoft Teams, ainda em expansão.
O Google Beam era conhecido até terça-feira (20) como Project Starline, cujo propósito era redefinir a comunicação por vídeo sem a necessidade de óculos especializados nem headsets de realidade aumentada.
O aparelho usa um modelo de vídeo volumétrico de IA que garante um efeito tridimensional de qualquer perspectiva, enquanto o processamento de dados ocorre na Google Cloud em questão de milissegundos.
“Isso é o que permite que você faça contato visual, leia sinais sutis e construa entendimento e confiança como se estivesse frente a frente”, disse a empresa.
A ideia do Google é que o Beam seja uma espécie de referência para que outras empresas construam seus próprios hardwares, desde que dialoguem com o sistema. A empresa já anunciou uma parceria com a HP e o Zoom. Preço e disponibilidade ainda não estão disponíveis.
O Google também anunciou que empresas como Deloitte, Salesforce, Citadel e Duolingo já aceitaram usar o produto nos escritórios.