RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O presidente da Associação Comercial do Camelódromo da Uruguaiana e seu antecessor foram presos nesta quinta (22) durante uma operação conjunta da Polícia Civil e da promotoria contra uma organização criminosa suspeita de explorar ilegalmente o comércio popular no centro do Rio de Janeiro.

No total, foram cumpridos 11 mandados de prisão e nove de busca e apreensão. A ação foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais e por promotores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado.

No total, 14 pessoas foram denunciadas. A reportagem não localizou as defesas. Entre os investigados estão um policial civil aposentado, que seguia foragido, e um policial penal, que foi afastado de suas funções.

De acordo com as investigações, há seis anos o grupo criminoso se infiltrou na Associação Comercial da Uruguaiana, assumindo o controle da entidade.

Desde então, implantaram um esquema de segurança armada e passaram a extorquir os comerciantes do local. Para isso, cobravam taxas que chamavam de social e segurança, além da cobrança do consumo de energia elétrica. Os que não pagavam poderiam ser expulsos do local.

A Promotoria também apontou que a associação fazia uma gestão ilegal dos espaços públicos, negociando a venda e locação de boxes sem qualquer autorização legal, por preços que chegavam a R$ 80 mil. Ainda segundo os promotores, em seis anos o grupo teria movimentado R$ 7 milhões com o esquema.