BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Uma mulher de 35 anos foi presa, e liberada na sequência, sob suspeita de ter incitado seu filho de 15 anos a agredir outra adolescente, de 17 anos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O caso ocorreu na segunda-feira (19).
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o que seria a agressão. A mãe do jovem, que também filma a ação, chega a dizer “você é menor de idade, ela não te bateu? Dá tapa na cara dela”. Ela também chega a impedir que outros jovens intervenham.
A mulher é investigada pela Polícia Civil sob suspeita do crime de corrupção de menores para prática de crime.
Ela afirmou à Folha de S.Paulo que o filho sofre ataques homofóbicos da menina e de outros colegas e que a adolescente iniciou a briga ao dar um tapa nele.
Sobre a acusação de ter incitado a agressão, ela respondeu que disse apenas para o filho se defender e que filmou a ação para mostrar que não agrediu a menor de idade. Segundo ela, o filho está sem frequentar a escola desde o caso.
Procurado, o pai da adolescente negou que a filha tenha direcionado qualquer ataque homofóbico ao colega e que na ocasião o jovem a enfrentou colocando o dedo na cara dela.
Segundo ele, a filha teve o celular que ela havia comprado recentemente danificado durante a ação. Ela também está sem frequentar as aulas.
A mãe do jovem disse que a direção do Senac, onde eles estudam, já havia sido alertada sobre os supostos casos de homofobia. A instituição disse que presta acompanhamento pedagógico a seus estudantes.
“Diante do ocorrido com dois estudantes fora da unidade, a instituição, seguindo suas diretrizes, tomou as medidas regimentais cabíveis, além da promoção do diálogo entre as partes envolvidas e seus respectivos responsáveis legais”, disse a instituição, em nota.
Os policiais foram acionados pelo conselho tutelar na segunda para comparecer ao hospital onde a vítima foi atendida com cortes na face, nos lábios e dores no corpo, sendo liberada na sequência.
O pai disse aos policiais que a mulher jogou a filha dele no chão e depois teria passado a incentivar as agressões do filho contra a vítima. A mulher nega as duas situações. Os dois lados prometeram tomar medidas judiciais.