SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Nubank anunciou nesta terça-feira (20) que Youssef Lahrech, atual presidente e diretor de operações do banco, deixará as funções e passará a atuar como consultor estratégico da instituição financeira. A presidência retornará ao fundador e CEO, David Vélez.
Segundo o banco, Lahrech irá integrar o comitê de auditoria e risco do conselho de administração como observador permanente, além de assumir a função como consultor em iniciativas relacionadas a crédito.
Em comunicado ao mercado, o Nubank informou que a troca faz parte de “ajustes em sua estrutura de liderança para continuar a otimizar a eficiência e a velocidade das operações”.
As ações do Nubank em Nova Iorque fecharam com queda de 2,44%, a US$ 12,78, após o anúncio de que Lahrech mudaria de função.
A reestruturação é anunciada uma semana depois dos resultados do primeiro trimestre de 2025 virem ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas.
No trimestre encerrado em março, o Nubank registrou lucro líquido ajustado de US$ 606,5 milhões, um crescimento de 37% em comparação ao mesmo período de 2024.
Analistas apontavam para um ganho de US$ 630,5 milhões, segundo pesquisa da LSEG.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, atingiu 6,5%, acima do patamar de 6,3% do mesmo trimestre do ano passado, mas recuando em relação ao trimestre anterior, quando a taxa estava em 7%.
Lahrech assumiu parte das funções de Vélez em 2022, após ter atuado como diretor de operações por dois anos. Ele passou a administrar diretamente as operações, orçamentos e o desempenho de métricas de produtos e plataformas globais, além das operações de mercado e funções corporativas.
Já Vélez seguiu supervisionando a gestão de operação, de liderança, cultura e reputação da companhia, e passou a priorizar estratégias de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de produtos, a expansão para novos mercados e novas aquisições.
Em março deste ano, o Nubank anunciou o retorno de Vélez ao comando direto da diretoria do banco, numa tentativa de aumentar o foco no cliente, ampliar a eficiência e a colaboração operacional nos países em que atua (Brasil, México e Colômbia), segundo a instituição.