Ednaldo Rodrigues decidiu encerrar sua trajetória à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesta segunda-feira (19), o ex-presidente oficializou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a desistência de sua tentativa de retomar o cargo, pedindo que fosse anulada a ação que movia contra seu afastamento.
A saída de Ednaldo abre caminho para uma eleição praticamente definida. Com o dirigente Fernando Sarney atuando como interventor, a escolha do novo comando está marcada para o próximo domingo (25). O principal — e até agora único — nome a disputar o cargo é Samir Xaud, que conta com apoio de 25 federações estaduais, o que deve garantir sua eleição sem maiores obstáculos.
Ednaldo foi retirado do cargo por decisão do desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (15). Em nota divulgada por seus advogados, ele afirmou que sua decisão visa preservar a própria integridade emocional e proteger sua família, que teria sido alvo de ataques e perseguições orquestradas por setores contrários à sua gestão.
“Minha escolha é pelo silêncio e pela paz. Desejo serenidade para o futebol brasileiro e tranquilidade para minha família”, declarou Ednaldo no documento.
Ainda segundo a defesa, o ex-presidente não apoia nenhum dos postulantes à presidência da CBF e não pretende interferir no processo eleitoral. Seus advogados descreveram a decisão como “ponderada, consciente e responsável”, ressaltando seu respeito pelas instituições e seu compromisso com a ética no esporte.
Com a saída definitiva de Ednaldo Rodrigues, a CBF se prepara para um novo ciclo, em meio a uma de suas fases mais turbulentas nos bastidores.