SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Wagner Moura voltou ao centro dos holofotes nos últimos dias. O ator foi ao Festival de Cannes com a comitiva de “O Agente Secreto”, filme de Kleber Mendonça Filho que protagoniza, levou um pouco do Carnaval pernambucano à França ao dançar frevo com sua equipe, rumo ao tapete vermelho da festa, e deu entrevista elogiando “Ainda Estou Aqui” e criticando Lei de Anistia ao apresentar seu projeto à Europa.
Em “O Agente Secreto”, Moura será Armando, pesquisador jurado de morte que volta ao Recife para recomeçar a vida. Enquanto o filme não cruza de volta o Atlântico em direção às salas de cinema nacionais, relembre outros trabalhos do ator, que foi o capitão Nascimento em “Tropa de Elite”, de 2007.
PRIMEIROS PASSOS
No começo de sua carreira, Wagner Moura chegou a estar em um papel menor de um filme internacional, “Sabor da Paixão”, de 2000 -com a espanhola Penélope Cruz, que reencontraria anos depois nas telas. Atuou para “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, “As Três Marias”, de Aluizio Abranches, e “Deus é Brasileiro”, de Carlos Diegues, mas foi em “Carandiru”, clássico de Hector Babenco de 2003, que ele começou a ganhar destaque.
No longa-metragem, o ator interpreta Zico, irmão de consideração de Deusdete, personagem de Caio Blat, viciado em crack e com certo poder na cadeia.
DOSE TRIPLA EM 2007
Em 2007, Moura viveu o Nascimento, um de seus personagens mais lembrados, no primeiro filme da franquia “Tropa de Elite”. Na trama, o capitão do batalhão do Rio de Janeiro é designado para liderar uma missão no Morro do Turano. Em paralelo, busca um substituto paras eu posto.
No mesmo ano, o ator participou ainda de duas comédias nacionais famosas, “Saneamento Básico, o Filme”, de Jorge Furtado, e “Ó Pai, Ó”, de Monique Gardenberg.
TAMBÉM NO BRASIL
“O Homem do Futuro”, filme de 2011 de Cláudio Torres, coloca o ator na pele de Zero, cientista ridicularizado que acaba voltando no tempo à época de sua faculdade, onde reencontra Helena -Alinne Moraes-, por quem é apaixonado. Ele acaba mudando a linha do tempo e precisa concertar as coisas sem perder outra vez sua amada.
Já em “Praia do Futuro”, dirigido por Karim Aïnouz e lançado em 2014, Moura é Donato, que se envolve com Konrad, o amigo de um homem que ele não conseguiu salvar de um afogamento.
LÁ FORA
Wagner Moura estreou em Hollywood com um papel secundário em “Elysium”, filme de 2013 com Matt Damon. Dois anos depois, o brasileiro ganhou projeção ao interpretar Pablo Escobar, o famoso narcotraficantes colombiano, em “Narcos”, sucesso da Netflix que rendeu três temporadas.
O ator voltou a contracenar com Penélope Cruz em 2019, em “Wasp Network: Rede Espiões”, longa-metragem sobre prisioneiros políticos cubanos nos Estados Unidos, e protagonizou, no ano seguinte, “Sergio”, drama de Greg Barker em que viveu um diplomata da ONU em meio à invasão americana ao Iraque.
No ano passado, Moura esteve no centro de “Guerra Civil”, de Alex Garland, em que interpretou um jornalista que percorre Estados Unidos distópicos em meio a um conflito nacional. Ele também fez uma participação especial na série de “Sr. & Sra. Smith” produzida pelo Prime Video.
NOVELAS
Em “A Lua Me Disse”, de 2005, Moura fez Gustavo, filho de uma milionária que se apaixona por Heloísa, moça de classe baixa interpretada por Adriana Esteves. Dois anos depois, o ator aparece em “Paraíso Tropical”, em que é Olavo, sobrinho de um poderoso empresário, disposto a fazer o que for necessário para alcançar o topo da empresa.
MENÇÕES ESPECIAIS
Em 2019, Wagner Moura estreou na direção com “Marighella”, filme sobre o guerrilheiro Carlos Marighella, que se destacou na luta armada contra a ditadura militar.
Em outro tom, o ator emprestou sua voz ao vilão Lobo na dublagem original de “Gato de Botas 2: O Último Pedido”, de 2022. A versão brasileira, no entanto, ficou a cargo do dublador Sérgio Moreno.