MILÃO, ITÁLIA (FOLHAPRESS) – Após a missa de início do papado, Leão 14 recebeu em encontro privado o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Desde que foi eleito, no dia 8 de maio, o papa citou diversas vezes a Guerra na Ucrânia, com apelos para uma paz justa e duradoura, e colocou o Vaticano à disposição para a mediação entre Kiev e Moscou.

“A voz e a autoridade da Santa Sé podem ter um papel importante no fim dessa guerra”, disse Zelenski no X, após o encontro. “Agradecemos o Vaticano por sua disposição em servir de plataforma para negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia. Estamos prontos para o diálogo em qualquer formato, em prol de resultados tangíveis.”

Segundo a imprensa italiana, foi um encontro de cerca de uma hora, do qual participou também o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha?, além da mulher de Zelenski.

Em seguida, o ucraniano foi até a Villa Taverna, residência do embaixador americano em Roma, onde esteve com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, também participou.

“Discutimos as negociações em Istambul, para onde os russos enviaram uma delegação de baixo escalão composta por pessoas sem poder de decisão. Ressaltei a importância de um cessar-fogo total e incondicional o mais breve possível”, afirmou Zelenski.

“Abordamos a necessidade de sanções contra a Rússia, o comércio bilateral, a cooperação em defesa, a situação no campo de batalha e a troca de prisioneiros. É preciso fazer pressão contra a Rússia para que queira interromper a guerra”, disse.

Vance também esteve com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Além da guerra, os três falaram das relações entre EUA e União Europeia, como tarifas comerciais e investimentos em defesa.