
Mesmo sem o registro de nenhum caso de gripe aviária em seu território, seja em granjas comerciais ou criações de subsistência, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) tem atuado de forma estratégica e preventiva para manter o Estado livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
Ações de vigilância ativa, monitoramento de aves silvestres e domésticas, orientação a produtores e fortalecimento das medidas de biosseguridade estão em desenvolvimento para evitar a entrada do vírus H5N1 no território goiano.
Como medida adicional, o Governo de Goiás prepara a publicação de um novo decreto de emergência zoossanitária, alinhado à decisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias a vigência da emergência nacional.
O novo decreto deve ser publicado nos próximos dias e visa fomentar a participação integrada do setor público e privado na adoção de medidas de prevenção para a doença.
Ainda, o documento objetiva dar condições de celeridade de reação para aplicação de medidas relativas ao controle da IAAP, por meio da mobilização de recursos físicos, técnicos e financeiros, na ocasião de uma possível detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em aves silvestres ou domésticas no estado de Goiás
“A decisão de reeditar o decreto estadual, que já esteve em vigor até janeiro de 2024, reforça o compromisso de Goiás com a proteção da saúde animal, humana e com a estabilidade econômica do setor avícola. O Estado manteve ações contínuas de vigilância e prevenção, que agora serão intensificadas com a formalização do novo ato normativo”, orienta o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Entre as ações em andamento no estado de Goiás para prevenir a entrada da gripe aviária estão vigilância ativa em criações comerciais, de subsistência e em áreas de circulação de aves migratórias e silvestres; capacitação de servidores e equipes de campo para identificação precoce e resposta rápida a eventuais suspeitas.
A prevenção também inclui campanhas educativas e orientações técnicas a produtores rurais, médicos veterinários e demais elos da cadeia avícola; fiscalização de estabelecimentos que comercializam aves vivas; reforço nas medidas de biosseguridade exigidas em granjas e demais unidades produtivas, com apoio e orientação técnica da Agência; e plano de contingência atualizado, que define procedimentos para contenção e erradicação de possíveis focos da doença.
“O trabalho da Agrodefesa tem sido contínuo. Estamos em estado de alerta desde 2023, com equipes mobilizadas e medidas preventivas em curso, o que nos permite agir com agilidade e segurança. Goiás está preparado para proteger seu plantel avícola e sua população”, afirma o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira.
Importância estratégica
Goiás é o 4º maior produtor de aves do Brasil, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde, que estão entre os maiores do país. O setor gera mais de 240 mil empregos diretos e representa uma importante fonte de renda para o Estado.
“Com a ausência de casos e o fortalecimento das ações sanitárias, o Estado mantém sua credibilidade perante os mercados consumidores e reforça a imagem de confiança da avicultura goiana e brasileira no cenário internacional”, defende o presidente da Agência.
Orientação
Desde 2006, ocorre a circulação do vírus da gripe aviária no mundo, principalmente na Ásia, África, USA e no norte da Europa. No Brasil, foram registrados casos da doença em aves silvestres ou de subsistência nos últimos anos, porém em aves comerciais o primeiro caso foi confirmado agora, nesta última quinta-feira (15/05), no Rio Grande do Sul.
Em Goiás, até o momento, não houve registro de nenhum caso da doença, seja em aves silvestres, de subsistência ou comerciais.
A Agrodefesa orienta que a população também deve ficar atenta aos sinais da gripe aviária e comunicar os órgãos competentes caso observe aves com tosse, espirros e muco nasal; lesões hemorrágicas (hematomas) nas pernas e às vezes nos músculos; edema (inchaço) nas juntas das pernas, na crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelha-escura; falta de coordenação motora e andar em círculos; diarreia e desidratação.
Além disso, em aves de postura, pode ser observada também a queda na produção de ovos e alterações nas cascas dos ovos.
“É preciso que toda a população fique atenta, não só o produtor rural. Isso porque a doença pode chegar por aves migratórias, que vêm de outros países onde existe a doença”, explica a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo.
Além disso, ela explica que a transmissão é rara para humanos, ocorrendo apenas em casos de contato direto e constante com as aves contaminadas, não há contaminação pelos alimentos carne ou ovos.
Em caso de suspeita, a população pode notificar a Agrodefesa de diferentes maneiras. O cidadão pode fazer o registro pelo sistema e-Sisbravet (link disponível no site da Agrodefesa no endereço www.goias.gov.br/agrodefesa ou, ainda, pelo telefone/Whatsapp (62) 98164-1128.
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Fonte: Agência Cora