(UOL/FOLHAPRESS) – Margaret River, na costa oeste australiana, recebe a partir desta sexta-feira (16) a sétima etapa do Circuito Mundial da WSL com clima de decisão. É a última parada antes do corte do meio da temporada, quando apenas os 22 primeiros colocados do ranking masculino e as 10 primeiras do feminino seguem na elite. Quem ficar fora terá que disputar o Challenger Series para tentar voltar ao tour em 2026.

O cenário, já naturalmente dramático, ganha contornos ainda mais intensos. Com águas geladas, ondas pesadas e a fama de ser um dos locais com maior atividade de tubarões no planeta, Margaret testa não apenas o talento, mas também o psicológico dos surfistas. Para muitos, será mais do que uma bateria: é uma luta por sobrevivência no circuito.

QUATRO BRASILEIROS AMEAÇADOS

Deivid Silva (26º), Ian Gouveia (28º), Samuel Pupo (29º) e Edgard Groggia (34º) ocupam as piores posições do ranking entre os brasileiros e precisam de uma arrancada em Margaret River para evitar o corte.

No caso dos três primeiros, uma campanha até as quartas de final —ou seja, pelo menos um quinto lugar— deve ser suficiente para seguir na elite.

A situação mais delicada é a de Groggia, que, na lanterna, só tem chances reais de escapar com uma vitória no evento.

QUASE DENTRO

João Chianca (22º) aparece exatamente na linha do corte. Está dentro, mas ainda corre riscos dependendo do desempenho dos rivais.

Já Alejo Muniz (16º), impulsionado pelo terceiro lugar na Gold Coast, chega praticamente garantido na segunda metade da temporada. Ainda assim, precisa manter a consistência para não ser surpreendido por uma combinação de resultados.

FOCO NO TOP 5

Entre os brasileiros que já se garantiram, o foco é outro: o top 5. Miguel Pupo (9º), Filipe Toledo (6º), Yago Dora (2º) e Italo Ferreira (1º) estão bem colocados no ranking e sonham com uma vaga no WSL Finals, que definirá o campeão mundial da temporada em Fiji.

Todos chegam a Margaret com tranquilidade na briga pela permanência, mas com atenção redobrada para somar pontos importantes na corrida pelo título.

LUANA BUSCA CONFIRMAÇÃO

No feminino, Luana Silva vem em curva ascendente. Após um início de ano difícil, a brasileira reagiu com dois bons resultados na perna australiana e subiu para a 9ª posição do ranking, dentro da zona de classificação.

Mas ainda não está livre: um tropeço em Margaret pode custar caro. A etapa será decisiva para confirmar sua permanência na elite mundial.

PRIMEIRA CHAMADA

A primeira chamada do evento está marcada para as 20h (horário de Brasília) desta sexta-feira (16). A previsão indica boas ondas para o início da janela, aumentando as chances de a competição começar já no primeiro dia.