SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, investiga se dependentes químicos da cracolândia foram transportados para a cidade.
Na terça (13), a rua dos Protestantes, no centro da capital paulista, que abrigava a maior concentração de usuários, amanheceu vazia. Logo, começaram a surgir denúncias de que os indivíduos teriam sido levados para municípios vizinhos.
Moradores de Guarulhos, em especial do Parque Santos Dumont, na zona norte, relataram um aumento no número de dependentes na região. A gestão Lucas Sanches (PL) foi informada e iniciou uma investigação.
“A Prefeitura de Guarulhos recebeu com preocupação e cautela a denúncia de que dependentes químicos da cracolândia, em São Paulo, teriam sido trazidos e abandonados em Guarulhos”, diz o município.
“Em função da complexidade do suposto caso, mobilizou as secretarias de Segurança Pública, com apoio dos agentes da GCM [Guarda Civil Metropolitana], e de Desenvolvimento e Assistência Social para averiguarem a situação e, se for confirmada, tomarem as medidas cabíveis”, segue.
USUÁRIOS SE ESPALHAM PELO CENTRO DE SÃO PAULO
Com o esvaziamento da cracolândia na rua dos Protestantes, na região da Luz, os usuários de droga voltaram a se espalhar por outras regiões da área central de São Paulo.
O maior ponto de concentração de usuários na manhã desta quarta-feira (14) era debaixo do viaduto Diário Popular, próximo do Mercado Municipal.
Algumas barracas foram montadas em cima do viaduto, mas a maioria deles estava concentrada embaixo dele. Protegidas pelos guard rails de concreto, cerca de 50 pessoas usavam a droga sentadas no chão.
Outro grupo maior foi visto na travessa dos Estudantes, entre a rua de mesmo nome e a ligação Leste-Oeste, a região do Glicério. Eles estavam sentados na calçada, junto de um muro. Essa área já havia servido para a concentração de usuários em outros momentos de dispersão da cracolândia.
Também já mapeados em outras oportunidades, pontos no final da rua Prates e no começo da avenida Castelo Branco, no Bom Retiro, também tinham concentrações de usuários, embora em menor proporção.
A mesma situação se repetiu no túnel José Roberto Fanganiello Melhem (entre as avenidas Paulista e Rebouças, já no limite entre o centro e a zona oeste) e no viaduto Júlio de Mesquita Filho (embaixo da Praça Roosevelt).