SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A General Motors busca alternativas para reduzir os custos de produção e tornar seus carros elétricos mais atraentes. O passo mais importante dessa estratégia é a bateria LMR, sigla em inglês para “lítio com alto teor de manganês”.

O novo acumulador substitui elementos raros e caros pelo manganês, que é um metal mais abundante e barato. De acordo com o Ministério de Minas e energia, a reserva brasileira é de 111 milhões de toneladas e está concentrada, principalmente, nos estados de Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul.

O início da produção em larga escala da nova bateria está previsto para 2028. Durante o desenvolvimento, a norte-americana GM e a sul-coreana LG Energy Solution encontraram dificuldades como a baixa capacidade de armazenamento e o desgaste acelerado. As empresas afirmam que, agora, esses problemas foram solucionados.

“Enquanto as baterias tradicionais são compostas por cerca de 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto, as LMR têm uma composição bem diferente: aproximadamente 35% de níquel, 65% de manganês e quase nada de cobalto”, diz o comunicado divulgado nos EUA pela montadora.

Hoje, os carros elétricos da GM se destacam pela boa autonomia, como mostram os resultados do teste Folha Mauá. Entretanto, o preço elevado é uma barreira diante de concorrentes chineses.

O modelo 100% elétrico mais em conta vendido pela marca no Brasil é o Chevrolet Equinox EV, que custa R$ 440.190. De acordo com dados aferidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia, o modelo é capaz de rodar 499 km no uso urbano com uma carga completa.

Ainda em 2025, a montadora vai lançar mais dois modelos a bateria, os SUVs Spark (porte compacto) e Captiva (médio). Ambos virão da China, onde são fabricados pela subsidiária Wuling. Serão carros mais em conta, embora ainda não tragam a nova tecnologia LMR.