SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O corpo de uma santa que morreu há mais de 400 anos está em exibição em uma basílica na Espanha.
Corpo de Santa Teresa de Jesus está em bom estado de conservação. A descoberta foi anunciada em março, sete meses após o caixão ser aberto para que os restos mortais pudessem ser estudados.
Centenas de fiéis visitaram o corpo. Imagens mostram as pessoas surpresas no interior da Igreja da Anunciação de Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Alba de Tormes, a cerca de 200 km de Madri.
Há partes do corpo “perfeitamente preservados”, incluindo o coração. O professor Luigi Capasso, que liderou a equipe de antropólogos que analisou o corpo, diz que não há sinais de qualquer processo de mumificação artificial. “É um fenômeno natural verdadeiramente único”.
“O pé direito, a mão esquerda, o coração e o braço esquerdo estão perfeitamente preservados, com pele intacta, tecido subcutâneo e músculos no lugar, e sem sinais de degradação”, disse o professor Luigi Capasso em entrevista à Salamanca Rtv.
Estudiosos descobriram que condições ambientais ajudaram corpo a ser preservado. A Santa Teresa foi colocada em uma urna de prata, um ambiente seco e sem umidade, o que evitou a aceleração do processo de decomposição. “Desinfetamos a urna e consolidamos os restos mortais para evitar qualquer degradação futura, seja mecânica ou biológica”, afirmou Capasso.
É a primeira vez que o corpo é exibido em 111 anos. O corpo de Santa Teresa também foi exposto em 1582, ano de sua morte, 1760 e 1914. “Uma ocasião histórica e única que não voltará a acontecer de novo por um bom tempo”, diz um comunicado das Dioceses de Salamanca.
Público poderá visitar corpo até dia 25 de maio. “Esperamos que a exposição seja motivo de aproximação dos peregrinos com Jesus Cristo e com a Igreja, de evangelização para todos os visitantes e de maior conhecimento de Santa Teresa de Jesus, para que todos possamos nos enriquecer com o exemplo de sua vida, invocando sua intercessão”.
Santa Teresa é considerado uma das grandes reformadoras da história da igreja, segundo o Vaticano. Ela foi canonizada pelo papa Gregório XV em 1622 e foi a primeira mulher a ser proclamada “Doutora da Igreja”, na década de 70.