SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Santos foi notificado pela Fifa e se vê ainda distante de um acordo com o técnico Pedro Caixinha.
A Fifa notificou o Santos nesta terça-feira pela cobrança de cerca de R$ 15 milhões na ação realizada por Caixinha. Os valores envolvem a multa rescisória da antiga comissão técnica.
O Peixe agora tem até o dia 2 de junho para recorrer. Não houve contato recente com Pedro Caixinha ou com seus advogados. A reportagem apurou que o profissional se sente “maltratado” pelo clube da Vila Belmiro.
O Santos tenta ganhar tempo, pois não tem o dinheiro disponível e vê o treinador português irredutível por um acordo. A rescisão do contrato na CBF ocorreu de forma unilateral.
Pessoas próximas a Caixinha argumentam que a única proposta do Santos foi pelo pagamento parcelado em três anos. A rescisão, de acordo com o contrato, precisava ser paga à vista em até 10 dias após a saída.
O Peixe, em contrapartida, diz que buscou um parcelamento menor e sem sucesso. Em entrevista ao UOL, o presidente Marcelo Teixeira afirmou que o acordo estava próximo e que Caixinha havia enviado uma “mensagem cordial”. O técnico nega.
O Santos admite o problema, mas entende que a situação ainda está sob controle pois o caso vai demorar na Justiça. Esse processo é diferente da dívida com o Arouca (POR) por João Basso. A Fifa deu prazo de 45 dias para o pagamento de R$ 16 milhões.
Essa multa rescisória de Pedro Caixinha gerou um debate interno no Santos. O CEO Pedro Martins foi cobrado pelo alto valor e as condições de pagamento em caso de demissão. O dirigente argumenta que Caixinha tinha acerto encaminhado com outro clube, que nenhum treinador havia aceitado o Santos e que o clube tem histórico recente de muitas demissões.
O acerto com Caixinha foi feito por Pedro Martins, mas teve aval da presidência e outros departamentos. Agora, o CEO não tem mais a liberdade prometida na sua chegada.