SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que reforçou o policiamento da Polícia Militar na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital, após o protesto na noite de segunda-feira (12) que terminou em confusão.
Manifestantes fecharam vias e tentaram atearam fogo em objetos em protesto contra a morte de um jovem de 19 anos durante uma ação da Polícia Militar na noite do último sábado (10).
Vídeos nas redes sociais registraram a confusão com barricadas em fogo, correria e avanço da polícia. Ao menos oito ônibus foram atacados.
Manifestantes tentaram atear fogo nos veículos, mas não conseguiram devido à chegada da polícia. O Batalhão de Choque foi acionado para conter o grupo.
Uma caminhonete da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também foi tombada e o motorista teve a chave do veículo tomada.
Segundo a PM, um adolescente de 17 anos foi apreendido, após ter rendido um motorista de ônibus e danificado o veículo. Ele foi levado ao Distrito Policial de Jardim Taboão e liberado junto ao responsável legal.
As interdições ocorreram na avenida Giovanni Gronchi, no trecho junto à rua Doutor Laerte Setúbal, durante cerca de uma hora. A via voltou a ser fechada poucos minutos depois, no sentido centro, próximo ao cruzamento com a rua Doutor Francisco Thomaz de Carvalho.
Sobre o caso do morador morto, que está sendo investigado pelas polícias Civil e Militar, a SSP disse que policiais militares abordaram um grupo que estava traficando drogas e que a equipe interveio após um dos jovens resistir.
Segundo a pasta, o rapaz foi socorrido no Hospital Campo Limpo, mas não resistiu. “Com ele foram apreendidas drogas, dinheiro, celulares, faca, mochilas e cadernos de contabilidade do tráfico”, afirma.
O caso segue sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.