SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O interesse por “freira” atingiu um pico de buscas nesta segunda-feira (12) no Brasil, segundo dados do Google Trends. O aumento ocorreu após a publicação de uma reportagem da Folha de S.Paulo sobre a brasileira Aline Ghammachi, intitulada “Brasileira ‘bonita demais’ para ser freira perde o cargo e quer justiça do Vaticano.”
Esse pico representa o maior nível de buscas desde o final de 2023, quando foi lançado “A Freira 2”, filme que estreou no topo da bilheteria nacional e integra a aclamada franquia “Invocação do Mal”. Historicamente, picos de interesse pelo termo “freira” costumam estar ligados à visibilidade em produtos culturais, como filmes e programas de TV.
Antes da reportagem sobre Aline Ghammachi, porém, tema já vinha despertando atenção neste ano, e a procura por “freira” no Google Trends subiu em abril.
Um dos motivos foi uma cena no primeiro dia do funeral do papa Francisco. Uma freira idosa, de estatura baixa e mochila nas costas, quebrou protocolo e ficou parada junto às cordas que cercam o caixão onde estava o corpo do pontífice, na Basílica de São Pedro.
Desde ontem, as buscas relacionadas ao termo estão diretamente ligadas ao caso de Aline. Termos como “brasileira bonita para ser freira” e “freira brasileira demitida” cresceram na plataforma.
QUEM É A FREIRA BRASILEIRA ALINE GHAMMACHI?
A madre-abadessa mais jovem da Itália, Aline liderava o Mosteiro San Giacomo di Veglia e foi deposta após uma denúncia anônima que alegava manipulação e ocultação de orçamento.
Ela havia promovido iniciativas sociais no mosteiro, mas enfrentou auditorias e uma nova visita apostólica que a considerou desequilibrada. Sua saída, em 28 de abril, resultou na fuga de 11 freiras, que alegaram pressão no ambiente.
Aline, que recorreu da decisão ao Vaticano, acredita que sua demissão foi influenciada por sexismo e machismo, e planeja continuar seu trabalho social em uma nova comunidade, enquanto expressa esperança na nova liderança do papa Leão 14.