SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, disse que a partida contra o Corinthians vem no “momento certo”.
Marcelo Teixeira entende que o clássico do próximo domingo pode ser um divisor de águas para o Santos. Vencer o rival na Neo Química Arena espantaria a má fase.
O presidente crê que o elenco do Peixe tem jogadores suficientes para não ser o vice-lanterna do Brasileirão. Por outro lado, afirmou que vai atrás de reforços na janela de junho.
As declarações ocorrem logo após o empate frustrante de 0 a 0 com o Ceará, no Allianz Parque. O presidente foi mais uma vez xingado pelos torcedores.
“Vem um clássico. Se não for esse momento, tem que pedir para sair. Já vimos elenco não tão bom dar resultado e não é nosso caso. O momento do Corinthians é diferente, sequência positiva de outros anos, o Santos está em reconstrução. Nada melhor do que encarar um clássico. Melhor do que adversário sem a mesma tradição. Não temos o Neymar, é difícil, nem todos estão na forma física ideal dos que voltam de lesão, mas é o momento para encontrar o grupo necessário. Dar resposta onde tiver que jogar. Não para torcida, mas uma resposta a nós mesmos. Temos condições num clássico, difícil, com sua camisa e tradição em busca de resultado positivo”, disse Marcelo Teixeira.
No fim, ao ser perguntado se existiria crise no Santos se não ganhar do Corinthians, o presidente ironizou. “Crise no Santos?”, e saiu andando.
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VEJA AS RESPOSTAS DO PRESIDENTE NA ÍNTEGRA
Sobre o profissionalismo no Santos
“Você tem certeza que está fazendo essa pergunta para mim? Eu acho que não. Os transfer ban, se você for analisá-los, são inerentes a gestões anteriores. Não estou para fazer análises disso, mas sim do trabalho da diretoria. Se foi nesta segunda-feira (12), anteontem, 10 anos atrás, não importa. Assumimos sabendo da responsabilidade de equacionar dívidas. Pagamos R$ 130 milhões no ano passado. Evitamos outros três transfer ban por meio de acordos. Estamos, mais uma vez, obtendo recurso da Fifa para conseguir acordo do Basso junto ao Arouca. Estamos na possibilidade desses acordos serem revertidos para o Santos encontrar equilíbrio financeiro. A gestão é profissional. Se não fosse, o Santos não alcançaria os resultados desde 2024. Foram alcançados pela credibilidade da gestão, saímos da Série B, hoje alcançamos outro nível e continuaremos. A avaliação sobre a colocação no campeonato, pelo nosso entendimento, não equivale à qualidade do grupo. O Santos fez modificação pois entendeu que com a nova comissão técnica teremos novos resultados. E estamos percebendo, está surtindo efeito tecnicamente e fisicamente. Teremos junho para trabalhar e conseguir os reforços necessários, saídas e entradas. São jogadores que ainda continuam no elenco que possam servir em futuras negociações”.
Jogo no Allianz Parque
De antemão a decisão de jogar em São Paulo foi importantíssima. Tínhamos um jogo junto ao organizador, tínhamos três partidas. Seria fora de São Paulo, o organizador entendeu que precisávamos jogar aqui. O resultado financeiro talvez não tenha sido tão bom para ele, mas o organizador entendeu. Queríamos o Pacaembu, agora agradeço à presidente Leila pelo Allianz Parque. E agradeço ao torcedor por 35 mil pagantes numa segunda-feira à noite fria em São Paulo. Vimos uma festa aqui desde o início, uma grande festa. Todos incentivando, apoiando, e depois as manifestações justas, pacíficas, corretas. Deve existir mesmo. Ninguém está satisfeito. Vamos reverter. Juntos. Para recolocarmos o Santos, com o elenco que tem, numa sequência de bons resultados”.
Preocupação
“Queremos resultados, vocês perguntam sobre preocupação. O elenco não é para ficar nessa situação. Qual a diferença de ficar ou não preocupado? Temos que agir. Nós, diretoria, comissão, jogadores. Falta empenho, dedicação, luta? Não interpreto como faltando esse empenho. Falta trabalho. Desenvolver trabalho melhor físico, técnico, que é o que está ocorrendo agora na nova comissão e temos que dar esse respaldo. Todos juntos faremos o Santos sair dessa situação. Não adianta falar que estou preocupadíssimo, alardeando fatos, o que vai acrescentar? Vem um clássico. Se não for esse momento, tem que pedir para sair. Já vimos elenco não tão bom dar resultado e não é nosso caso. O momento do Corinthians é diferente, sequência positiva de outros anos, o Santos está em reconstrução. Nada melhor do que encarar um clássico. Melhor do que adversário sem a mesma tradição. Não temos o Neymar, é difícil, nem todos estão na forma física ideal dos que voltam de lesão, mas é o momento para encontrar o grupo necessário. Dar resposta onde tiver que jogar. Não para torcida, mas uma resposta a nós mesmos. Temos condições num clássico, difícil, com sua camisa e tradição em busca de resultado positivo”.