PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – A primeira-dama Janja Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff se sentaram juntas na première de “Ainda Estou Aqui” em Pequim, em evento paralelo à visita de Estado, na noite de segunda (12). Antes, em breve pronunciamento, Janja afirmou que Dilma tornava a noite “ainda mais memorável”.
“A presidenta Dilma viveu na pele os horrores da ditadura militar no Brasil”, disse ela, com uma intérprete vertendo suas palavras. “Foi presa e torturada, assim como Rubens Paiva. Agradeço por ela ainda estar aqui e por ter marcado a história, como a primeira mulher a presidir o nosso país.”
Começando a chorar, a primeira-dama completou: “Peço licença para pedir para vocês uma salva de palmas à nossa coração valente”.
O filme brasileiro, vencedor do Oscar de produção estrangeira neste ano, fez uma primeira exibição lotada no último dia 26, no festival de cinema da capital chinesa, e estará em cartaz a partir de sexta (16) em mais de 10 mil salas de cinema do país.
Na quinta (15), o filme chinês “Detetive Chinatown”, segunda maior bilheteria deste ano na China, deve entrar em cartaz no Brasil, parte do esforço de intercâmbio cultural entre os dois países.
Na manhã desta terça-feira (13), na saída de seu primeiro encontro, ao lado de Janja e Dilma, com o líder chinês Xi Jinping, Lula respondeu a uma pergunta do jornal O Globo sobre a contratação do italiano Carlo Ancelloti como técnico da seleção brasileira.
“Não tenho nada contra ser um estrangeiro”, disse Lula. “O que eu acho é que nós temos técnicos no Brasil que poderiam dirigir a seleção. O nosso problemas talvez seja mais estrutural. Acho muito difícil juntar jogadores 15 dias antes de um jogo e achar que vai ganhar.”
O presidente também questionou os atuais jogadores. “Essa safra é mais frágil, do ponto de vista de jogador. É só lembrar do nosso ataque de 2002 e 2006 para ver que estamos longe daquilo ali.”