Da Redação

O maior hospital público exclusivo para o tratamento de câncer em Goiás está quase pronto. Com mais de 85% das obras concluídas, o Complexo Oncológico de Referência (Cora) impressiona pela grandiosidade — são mais de 44 mil metros quadrados de área construída e um investimento superior a R$ 255 milhões.

Nesta segunda-feira (12), o projeto recebeu a visita do DJ Alok, padrinho da iniciativa, ao lado da primeira-dama do estado, Gracinha Caiado, e do presidente do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata — modelo que inspirou o Cora. A presença de Alok não é simbólica: ele doou R$ 1 milhão e ajudou a mobilizar outros artistas a colaborarem com a causa.

“Alok foi o primeiro a apostar, não só com recursos, mas com a credibilidade dele. Isso fez com que o projeto ganhasse força nacional”, afirmou Henrique Prata.

A estrutura do hospital promete transformar o cenário do tratamento oncológico em Goiás. Serão 148 leitos, unidades de quimioterapia e reabilitação, salas de infusão, serviços de diagnóstico, pronto atendimento 24 horas e leitos de UTI. Além disso, cada quarto foi projetado com um espaço exclusivo para acompanhantes, com banheiro próprio e separado do paciente.

Um segundo edifício, chamado de “Casa dos Artistas”, está sendo construído para acolher famílias de crianças em tratamento. A obra foi orçada em R$ 16 milhões e já arrecadou R$ 7 milhões por meio de doações de artistas como Gusttavo Lima, Jorge & Mateus e Leonardo. A ideia é oferecer apoio completo a quem vem de outras cidades ou regiões do estado.

O secretário de Saúde, Rasível dos Reis, explicou que o hospital só será inaugurado quando todas as unidades estiverem prontas para funcionar em conjunto, garantindo segurança total aos pacientes. Apesar disso, a ala de radioterapia ainda não está finalizada e, por pelo menos 15 meses, os pacientes que precisarem desse tratamento seguirão sendo encaminhados para Barretos.

O atendimento está previsto para começar em junho, um pouco após a data inicialmente planejada. Quando estiver em pleno funcionamento, o Cora deve evitar que dezenas de crianças com câncer tenham que deixar Goiás em busca de tratamento. Hoje, cerca de 350 jovens pacientes precisam se deslocar anualmente para outros estados.

“Aqui, não estamos falando apenas de saúde. Estamos falando de humanidade, de acolhimento e de esperança”, afirmou a primeira-dama Gracinha Caiado.

O Cora nasce como um marco na saúde pública do Centro-Oeste, com estrutura de ponta, espírito solidário e um modelo centrado no cuidado completo — do tratamento ao acolhimento emocional de pacientes e familiares.