SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Artistas como Fernanda Montenegro, Paulo Betti, Malu Mader, Julio Andrade e Mateus Solano se mobilizaram em uma campanha nas redes sociais, pedindo regulação dos serviços de streaming.
Em uma postagem feita nas redes sociais nesta quinta-feira (8), Montenegro pediu por uma política industrial cinematográfica brasileira.
“Existimos culturalmente, artisticamente. Nossa cultura tem uma assinatura própria. Nossa presença audiovisual e cinematográfica atravessa nossas fronteiras com sucesso, com premiações. Com reconhecimento”, escreve a atriz, que tem mais de 60 anos de carreira.
“É preciso fazer aqui o que outras grandes nações já realizaram como forma de estimular sua indústria: a regulação do streaming”, conclui a nota.
O ator Mateus Solano também fez o pedido; em um vídeo, compartilhado nas redes sociais, diversos artistas do audiovisual brasileiro expõem a situação e pedem uma ação de parlamentares para “colocar freio” no “apetite colonial” nas empresas estrangeiras.
“Quando o cinema some das telas, não é só a arte que perdemos. É a nossa identidade”, afirma Julio Andrade, no vídeo.
A demanda é que as plataformas de vídeo sob demanda sejam taxadas em 12%. O valor será destinado a financiar o cinema brasileiro pela Condecine, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, cobrada por obras audiovisuais.
“O Brasil é um dos maiores mercados de streaming do mundo. E também um dos que mais produzem conteúdo audiovisual”, afirma o comunicado. “Mas você vê o Brasil nas telas? Estamos nas estatísticas de lucro, mas não nos catálogos”.