ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) – Para Thomas Reese, latino-americanos ajudaram a eleger Prevost, que não é gringo porque trabalhou no Peru

Autor do livro “Dentro do Vaticano: a Política e a Organização da Igreja Católica”, o padre jesuíta e teólogo americano Thomas Reese acredita que os cardeais “não se importam com o que o presidente Trump pensa”.

Em suas redes sociais, antes do conclave, o novo papa fez posts criticando declarações de Donald Trump e de seu vice-presidente, J. D. Vance.

“O trabalho do papa é pregar o Evangelho, defender os pobres, falar das questões de justiça e paz. Se isso deixa loucos os políticos, mesmo o presidente Trump, que seja”, opinou Reese, de 79 anos.

Na opinião de Reese, os cardeais latino-americanos tiveram uma influência decisiva no conclave. “Eles não o veem como um gringo. Gostam de Prevost, enxergam-no como um dos seus. Todos o conhecem.”

De 1998 a 2005, Reese foi redator-chefe da revista jesuíta America, cargo que deixou por divergências com o papa Bento 16.

Para Reese, uma das grandes qualidades de Leão 14 é a experiência internacional. “Ele foi para a América Latina como padre. Como líder dos augustinianos, viajou o mundo inteiro. Então ele tem uma perspectiva internacional.”

A eleição de Robert Prevost, segundo o jesuíta, deixou a comunidade católica dos Estados Unidos chocada.