SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Bradesco deve entrar com força no novo crédito consignado privado apenas entre junho e julho deste ano, quando mais etapas de funcionamento do sistema estiverem funcionando.
“Acreditamos que vamos ter uma oportunidade de crescimento colossal do Bradesco quando isso estiver redondo”, disse Marcelo Noronha, presidente do banco, ao comentar o balanço da instituição referente ao primeiro trimestre deste ano, nesta quinta-feira (8).
Segundo o executivo, o início do programa de crédito, em 21 março, foi conturbado.
“Só entre o dia 16 e o dia 21 de abril é que as bases de quem [já] tinha crédito consignado subiram [no sistema do novo consignado]. Imagina a confusão”, afirmou Noronha.
A prioridade deste crédito é de quem já tinha um contrato vigente de consignado com o banco. No entanto, em breve, será possível fazer a portabilidade entre as instituições, de modo que o cliente possa contratar a de custo menor.
“Por isso que os bancos privados maiores não entraram [no novo consignado] acelerando ainda”, afirmou o CEO.
A maior parte do volume de contratos do consignado do trabalhador concedidos vem de pequenos e médios bancos privados ou de bancos públicos. As grandes instituições têm feito a oferta deste novo produto para quem já é cliente.
“Obviamente a gente prioriza os clientes que têm relacionamento, porque aí é relacionamento de longo prazo, é um cliente que fica muito mais fiel, fica ligado à organização”, disse Noronha.
Em reestruturação, o banco tem adotado mais cautela na hora de conceder empréstimos, priorizando os créditos com garantia, como o consignado e o imobiliário.
Como parte das mudanças em busca de melhores resultados financeiros, Noronha anunciou a contratação do novo diretor executivo jurídico da instituição, o advogado Julio Bueno, com 35 anos de carreira no escritório Pinheiro Neto Advogados.