Walison Veríssimo
Parlamentares da Câmara Municipal de Goiânia intensificaram as cobranças pela exoneração do procurador-geral da Casa, Kowalsky Ribeiro, após a divulgação de imagens que mostram o servidor circulando armado nas dependências do Legislativo. O episódio reacendeu o debate sobre o cumprimento da Resolução nº 03/2022, que proíbe o porte de armas de fogo por vereadores e servidores dentro do prédio da Câmara.
No centro da crise está uma discussão ocorrida na manhã da última segunda-feira (5), entre Kowalsky e dois assessores do vereador Sargento Novandir (MDB). O parlamentar afirma que seu chefe de gabinete foi ameaçado com uma arma pelo procurador. Imagens de videomonitoramento mostram Kowalsky, vestindo camisa vermelha, saindo de uma caminhonete e levando a mão à cintura com um objeto não identificado — gesto interpretado por vereadores como indício de que ele estaria armado.
“Não é a primeira vez. Esse cidadão já foi exonerado por situação semelhante e não pode continuar na função”, afirmou Novandir. Na sessão desta quarta-feira (8), ele disse que caso Kowalsky não fosse “exonerado imediatamente” o emedebista passaria a andar pelos corredores da Câmara com colete à prova de bala.
Outros vereadores ouvidos pela reportagem, inclusive de partidos distintos, endossam a avaliação de que a permanência de Kowalsky se tornou insustentável. Parte da pressão tem como base o descumprimento da norma interna aprovada em 2022, que só permite o porte de arma na Câmara a agentes de segurança pública em serviço.